Uma estrutura resumida seria:
Receita Bruta
(-) Deduções e abatimentos
(=) Receita Líquida (1)
(-) CMV (Custos de mercadorias vendidas)
(=) Lucro Bruto (2)
(-) Despesas com Vendas
(-) Despesas Administrativas
(-) Despesas Financeiras
(=) Resultado Antes IRPJ CSLL (3)
(-) Provisões IRPJ E CSLL
(=) Resultado Líquido (4)
De forma simplificada, podemos em 4 etapas apurar o resultado do exercício, sendo que o Resultado Líquido é o valor que deve ser identificado ao final do processo.
Passo 1: Obter a Receita Líquida
Na primeira linha é apresentada a Receita Bruta de Vendas e dela são deduzidas as devoluções de vendas, os abatimentos, os descontos comerciais cedidos e os impostos.
A esse resultado dá-se o nome de Receita Líquida de Vendas.
Passo 2: Obter o Lucro Bruto.
Dessa Receita Líquida, deduz-se o custo das mercadorias e dos serviços vendidos, chegando-se ao Lucro Bruto;
Passo 3: Obter o Resultado Operacional Antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro
Do Lucro Bruto, subtraem-se todas as despesas operacionais, financeiras, operacionais, gerais e administrativas. Inversamente, acrescentam-se aí as receitas operacionais e, então, chega-se ao Lucro (ou Prejuízo) Operacional Líquido.
Passo 4: Obter o Resultado Líquido do Exercício.
A partir desse resultado, serão acrescentados (ou dele deduzidos) os resultados não operacionais, tais como as participações de debenturistas, empregados, administradores, partes beneficiárias, etc.
Chega-se então ao Lucro Líquido do Exercício (LLE), objetivo final de toda DRE.
Utilização da DRE na gestão
Utilização do demonstrativo de resultados na gestão de sua empresa
Com o DRE permite fazer a análise horizontal e vertical. Na horizontal, são analisadas temporalmente a receita e a despesas, para identificar como se deu sua evolução. O interessante dessa análise é entender a evolução tanto dos ganhos quanto dos gastos.
Já na análise vertical são feitas comparações de contas de acordo com seus grupos. Assim, pode-se compreender quanto uma despesa com telefone, por exemplo, e como isso impacta no total de despesas. Com a combinação dessas duas, podem ser compreendidas tendências e feitas projeções que poderão auxiliar a empresa.
O Demonstrativo de Resultados pode ser combinado com outros documentos, para permitir uma análise da situação financeira da empresa.
Juntamente com o balanço patrimonial, que oferece o ponto de vista financeiro da empresa, o demonstrativo de resultados pode ser usado para apresentar o resultado econômico; ou seja, nesse documento podem ser vistas as receitas e gastos e no Balanço Patrimonial, os valores de caixa, bancos, entre outros recursos financeiros.
A elaboração da DFC é obrigatória para diversos tipos de empresas. Para as sociedades de capital aberto ou com patrimônio líquido superior a R$ 2 milhões, a obrigatoriedade foi determinada pela lei nº 11.638/2007, que entrou em vigor em 2008. Já para as Pequenas e Médias Empresas (PMEs), a determinação está na NBC TG 1000.
A demonstração deve ser apresentada pelo menos uma vez por ano, junto aos outros relatórios contábeis presentes no balanço da empresa. Sua obrigatoriedade tem relação com o fato de que, por meio de análises e auditorias, é possível entender mais não apenas sobre a saúde financeira da empresa, mas também buscar erros e possíveis fraudes contábeis.
No aspecto gerencial, entre as finalidades da elaboração da DFC está a de obter um controle maior sobre o planejamento financeiro da companhia.
A DFC permite identificar os períodos de sobra e de escassez de recursos, garantindo que haja dinheiro disponível para cumprir as obrigações dentro dos prazos de vencimento e ajudando na tomada de decisões sobre investimentos.
A DRE é uma ferramenta contábil utilizada para verificar a saúde financeira de uma empresa, ou seja, ela mostra qual lucro (ou prejuízo) a empresa terá se conseguir realizar o que está sendo planejado. Esse tipo de controle financeiro ajuda os gestores a terem uma visão mais realista sobre as decisões que devem ser tomadas, a fazer provisões mais realistas e a saber se existe viabilidade econômica para determinados investimentos, por exemplo.
Conforme a 6.404/76, mais conhecida como Lei das S/A, a DVA é obrigatória para a Sociedades Anonimas de capital aberto. Nessas empresas que negociam suas ações nas bolsas de valores, o demonstrativo geralmente é realizado no período anual, com os outros relatórios contábeis.
Contudo, mesmo que a legislação não exija das demais empresas a divulgação da DVA, elas podem optar por fazer isso com finalidade complementar agregando ainda mais credibilidade a suas demonstrações contábeis. Assim, o documento pode ser utilizado para mensurar a eficácia do negócio na conversão dos recursos em riqueza.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta.
Compartilhar