segundo o artigo 229 da lei 6404: A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial a cisão;
A fusão baseado artigo 228 da Lei 6.404 é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações;
Já o artigo 227 da mesma lei fala da Incorporação que é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações.
A diferença entre fusão e incorporação é que na incorporação desaparecem as sociedades incorporadas mas a incorporadora, uma sociedade preexistente, permanece com a sua vida normal, enquanto na fusão desaparecem todas as sociedades fusionadas e surge uma sociedade nova.
Desde a definição do capitalismo, as empresas tendem a competir entre si com intuito de maximizar seus lucros. Como sabemos, a demanda é limitada, logo, a competitividade por fatias do mercado é enorme. Existem, no mercado, uma infinidade de estratégias que buscam encontrar vantagens competitivas, isto é, alguma forma de se destacar em relação aos concorrentes de mesmo público alvo. A cisão, a fusão e a incorporação, representam um conjunto de três estratégias econômicas.
A cisão nada mais é que a divisão de uma entidade jurídica em duas ou mais entidades distintas constituídas ou não. Se neste processo, a pessoa jurídica, que está a ser dividida, transferir todos o seu patrimônio para duas ou mais empresas, ocorre a chamada cisão total, onde a primeira será extinta. Caso não aconteça a transferência de todo seu patrimônio e a pessoa jurídica continue a existir, ocorre a chamada cisão parcial.
Como exemplo de cisão podemos citar a companhia aérea GOL. Em 2012 a mesma segregou seu patrimônio e o transferiu em parte para a empresa Smiles S/A, constituindo-se, desta forma, uma cisão parcial.
A fusão tem conceito justamente inverso da cisão. Esta ocorre quando duas ou mais empresas unem-se formando uma terceira empresa, vale ressaltar que neste processo as duas ou mais empresas que se fundiram serão extintas para a criação de uma nova pessoa jurídica que terá seus patrimônios somados. A nova empresa originada pelo processo de fusão será integralmente responsável por todos os contratos das empresas extintas.
Uma fusão operada no mercado brasileiro recentemente foi a ocorrida entre as companhias aéreas Azul e Trip, originando a Azul Trip.
A incorporação ocorre quando uma ou mais companhias são absorvidas por uma terceira. Neste caso, uma pessoa jurídica já existente adquire e absorve um ou mais empresas, sem que sua personalidade jurídica deixa de existir e resultando na extinção das empresas incorporadas.
Um exemplo de incorporação ocorreu no mercado brasileiro quando o Banco do Brasil absorveu a rede de bancos paulista Nossa Caixa.
A diferença básica entre incorporação e fusão é que, na incorporação, a empresa que adquire outra (chamada incorporadora) não se extingue enquanto as empresas adquiridas (incorporadas) são extintas, já na fusão todas as empresas fusionadas são extintas para a criação de uma nova sociedade jurídica que soma seus patrimônios. A cisão, por sua vez, trata-se de um processo inverso, onde uma empresa se divide em duas ou mais, resultado ou não em sua extinção, dependendo exclusivamente se seu patrimônio foi completamente transferido.
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