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Diferenças morfológicas dos vasos sanguíneos em relação a complacência.

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Meyriele Balbino Lopes

Artérias

São tubos cilíndricos, elásticos no qual o sangue circula centrifugamente em relação ao coração, ou seja, o sangue sai pelas artérias do coração em direção a periferia. 

Apresenta uma coloração vermelha podendo se confundido com tecidos vizinhos e os seus batimentos são notados pela palpação. 

Quando falamos em calibre as artérias podem apresentar três tipos diferentes de calibre. Sendo de grande calibre (7 mm), médio (2,5 a 7mm), pequeno (0,5 a 2,5 mm) e arteríolas (menor que 0,5 mm). 

As artérias possuem elasticidade para manter o fluxo sanguíneo constante, ou seja, em condições normais elas não colabam (encostam suas paredes). 

A dilatação das artérias em razão do sangue bombeado na contração cardíaca (sístole ventricular), forma energia potencial para manter a tensão durante a diástole (dilatação ventricular).

As artérias emitem ramos terminais e colaterais. Os ramos terminais são quando a artéria ou tronco principal dá ramos e deixa de existir por causa da divisão (bifurcação). 

É o caso da artéria braquial que ao nível do cotovelo se bifurca em outras duas, a. radial e a. ulnar, que são ramos da a. braquial. 

Já os ramos colaterais são quando a artéria emite ramos e o tronco principal ou de origem continua a existir. 

Estes ramos saem da artéria sob ângulos diversos, ou seja, em vários sentidos. 

Quando o ramo forma com a artéria principal um ângulo obtuso (maior que 90º), aquele recebe o nome de ramo recorrente e neste caso o sangue circula no sentido oposto ao da artéria de origem. 

O número de artérias que irrigam certos órgãos é variado. Geralmente um órgão ou uma estrutura recebe sangue de mais de uma artéria. 

Elas podem ser superficiais ou profundas. As artérias superficiais originam de artéria muscular e se destinam à pele, sendo de calibre reduzido e distribuição irregular. 

Já as artérias profundas são quase as totalidades e assim elas se encontram protegidas, pois são profundas. Elas apresentam “filia” (atração) pelos ossos e “fobia” (medo) pela pele.

Ainda sobre as profundas, as mesmas são acompanhadas por uma ou duas veias, com o mesmo trajeto, calibre semelhante das artérias e em geral o mesmo nome da artéria que acompanham , sendo chamadas de veias satélites. 

Você sabia? Que quando artérias, veias e nervos estão juntos, o conjunto destas estruturas recebe o nome de feixe vásculo nervoso. 

Em algum trecho as artérias profundas apresentam trajetos superficiais, podendo ser objeto de prática clínica para analise de pulsação, como a artéria radial no punho, a femoral na coxa proximal, a temporal superficial e a dorsal do pé. 

Veias

São tubos nos quais o sangue circula centripetamente em relação ao coração, ou seja, da periferia ao centro (coração). Então as veias fazem sequência aos capilares e transportam sangue que passou pelas trocas com os tecidos, da periferia para o centro que é o coração. Apresenta uma coloração azulada e paredes finas, por isso transparecem o sangue que nela circula.

As veias possuem formas variáveis dependendo da quantidade de sangue no seu interior.

Apresentam três calibres distintos, como as artérias. Elas são de grande, médio, pequeno calibre e vênulas. Na maioria das vezes as veias têm maior calibre que as artérias correspondentes.

Vamos fazer uma analogia. A formação das veias lembra a formação dos rios, aonde as afluentes vão confluindo (chegar) no leito principal e este se torna progressivamente mais volumoso. 

As veias possuem afluentes ou tributárias e seu calibre aumenta à medida que se aproxima do coração, exatamente o oposto às artérias.

O número das veias é maior que das artérias, pelo fato de duas veias satélites acompanharem as artérias e também pela existência de veias superficiais às quais não corresponde a artéria.

As veias também podem ser superficiais e profundas, de acordo com sua localização em relação às camadas do corpo humano.

As veias superficiais são subcutâneas e visíveis por transparência na pele. São mais calibrosas nos membros e pescoço. Elas drenam o sangue da circulação cutânea (pele) e auxilia as veias profundas, permitindo o rápido esvaziamento das veias dos músculos durante contração dos mesmos e assim diminuem o retorno pelas veias profundas.

As superficiais não acompanham as artérias e são nelas que se fazem as aplicações de injeções.

Já nas veias profundas existem as veias solitárias, que não acompanham as artérias ou satélites, que acompanham em número de duas, as artérias. São comunicantes, comunicam as veias superficiais com as profundas.

E para terminar esse assunto e reforçar, as anastomoses são bem mais frequentes nas veias que nas artérias.

Válvulas

Apenas as veias apresentam válvulas, sendo sua principal característica (exceções no cérebro, pescoço e tronco). Estas são pregas membranosas internas em forma de bolso.

Pode haver de 1 a 2 válvulas no mesmo ponto e elas servem para impedir o retorno venoso, juntamente com a bomba muscular (panturrilha) que impulsionam o sangue para o coração.

Você sabia? Que alterações nas válvulas das veias (não fecham corretamente) podem gerar uma insuficiência de válvula e levar a um refluxo sanguíneo, ou seja, um acúmulo de sangue com consequente dilatação e estase (parada do sangue) venosa, levando ao quadro de varizes.

Os capilares sanguíneos são vasos microscópicos e encontram-se interposto entre as artérias e as veias. Os mesmo são responsáveis pelas trocas entre o sangue e tecidos.

A sua distribuição é quase universal no corpo humano, sendo rara sua ausência em tecidos ou órgãos como é o caso da cartilagem hialina, epiderme, córnea e lente.

 

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RD Resoluções

Enquanto as artérias encontrarem-se elásticas e sadias, o trabalho do coração é extremamente facilitado. Contudo, com o avançar da idade, as grandes artérias vão perdendo complacência arterial. A complacência é uma grandeza empregada para expressar a razão entre a variação do volume e a variação de pressão. A complacência mede a facilidade de expansão de um sistema tridimensional quando submetido à pressão. Desta forma, ao se submeter dois sistemas tridimensionais à mesma variação de pressão, aquele que apresentar o maior aumento de volume, será aquele dito mais complacente.


As veias são mais complacentes que as artérias: Na medida em que um indivíduo envelhece, a sua complacência arterial diminui, ou seja, quando submetidas a pressão sistólica, as artérias de grande calibre dilatam-se menos, oferecendo uma maior resistência ao trabalho do ventrículo. Sendo assim, nestas condições, durante a sístole, o coração deve gerar uma pressão maior, fazendo com que a pressão arterial deste indivíduo, com uma baixa complacência arterial, seja divergente, ou seja, ele vai apresentar uma pressão sistólica alta e uma pressão diastólica baixa. Isto porque há uma menor acomodação arterial, devido ao enrijecimento de suas paredes.

fonte:http://www.uff.br/fisio6/pdf/sistema_cardiovascular/organizacao_morfofuncional.pdf

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