No edital do concurso para delegado federal, tem a perspectiva sociológica do Direito Constitucional. Não quero o sentido sociológico da Constituição, pois este é outro tópico. Quero a perspectiva sociológica do Direito Constitucional.
Como o colega bem colocou, as “perspectivas” do Direito Constitucional não se confundem com as “concepções” de Constituição!!
A) Perspectiva sociológica: Constituição e sociedade formam uma relação circular, de influência recíproca constantemente atualizada pelo constituinte. Desta maneira, tal como a evolução cotidiana é capaz de remoldar o Texto Constitucional, também impõe a Lei Maior padrões de comportamento, seja para os particulares em geral, seja - com maior razão - para os agentes públicos e políticos;
B) Perspectiva política: Toda Lei Fundamental é elaborada por um agente político democraticamente eleito para tal (em se tratando de uma Constituição promulgada obviamente, já que nos sistemas de Constituição outorgada a democracia é um mero “detalhe”). Como se não bastasse, o constituinte assume responsabilidades quando da edição de uma Constituição, sobretudo quanto à implementação de normas constitucionais de princípio institutivo (aquelas através das quais o legislador constituinte traça esquemas gerais de estruturação e atribuições de órgãos, entidades ou institutos, para que o legislador ordinário os estruture em definitivo, mediante lei) e de princípio programático (aquelas que implementam política de governo a ser seguido pelo legislador ordinário, ou seja, traçam diretrizes e fins colimados pelo Estado na consecução dos fins sociais);
C) Perspectiva jurídica: A ideia de supremacia da Constituição, notadamente formal, possibilita o controle de constitucionalidade repressivo, feito pela via judicial, seja em sua forma difusa, seja em sua forma abstrata. Em ambos os casos, competirá ao Poder Judiciário garantir a manutenção da ordem constitucional contida nos preceitos da Lei Fundamental.
Ferdinand Lassalle acreditada na perspectiva sociológica da constituição, ou seja: existe uma constituição real, que impera nas relações do dia-a-dia e uma constituição formal, que está escrita. Se a constituição formal não espelhar exatamente a real, ela nada mais é do que uma folha de papel, não regula nada. Marx também apresenta a versão sociológica dizendo que a constituição só serve para reafirmar a soberania das classes dominantes.
Espero ter ajudado! :P
Primeiramente, Lassale identifica dois tipo de constituição: a escrita e a real. Para Lassale, a Constituição real diz respeito aos fatores reais de poder, consubstanciados nas relações sociais, econômicas e políticas dos indivíduos pertencentes à sociedade.
Nesta perspectiva, afirma que a Constituição escrita (também chamada de folha de papel) deve refletir os fatores reais de poder.
O problema de Lassale é justamente não acreditar na força normativa da Constituição.
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