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qual a diferença entre títulos executivos extrajudiciais e judiciais na execução?

💡 2 Respostas

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Júnior Oliveira

Título executivo judicial nada mais é do que a decisão judicial, que pode ser uma sentença definitiva ou um acórdão. O artigo 515 do Código de Processo Civil traz o rol em seus 9 incisos:

Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:

I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;

II - a decisão homologatória de autocomposição judicial;

III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;

IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal;

V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;

VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;

VII - a sentença arbitral;

VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;

IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça;

 

]Já o título executivo extrajudicial é encontrado quando firma-se um título de crédito, tais como cheques, notas promissórias e duplicatas. Ou ainda, em caso de assinatura de um contrato ou homologação de um acordo entre as partes sem a presença de um juiz. O artigo 784 do Código de Processo Civil assim estabelece:

Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:

I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;

II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;

III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;

IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;

V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução;

VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;

VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;

VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;

IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;

X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas;

XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;

XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.

O Novo CPC estabeleceu uma diferenciação na nomenclatura e na forma de execução desses tipos de títulos. O título judicial deverá ser satisfeito através do cumprimento da sentença, pedido a ser feito nos mesmos autos. Já o título executivo extrajudicial deve dar azo à distribuição de uma ação própria de execução.

O momento da defesa do executado também será diverso, já que, ao pedido de cumprimento da sentença caberá a impugnação, cujo prazo de 15 dias correrá automaticamente após término do prazo de 15 dias para pagamento voluntário da obrigação. Além disso, haverá a incidência de multa de 10% sobre o valor da condenação e acréscimo de 10% de novos honorários advocatícios. Além disso, conforme dispõe o art.508 do CPC, transitada em julgado a decisão de mérito, considerar-se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações e as defesas que a parte poderia opor tanto ao acolhimento quanto à rejeição do pedido.

Já na execução de título extrajudicial, o art. 914 dispõe que o executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se opor à execução por meio de embargos. E ainda define o seguinte no § 1º e no artigo seguinte:

§ 1º Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, autuados em apartado e instruídos com cópias das peças processuais relevantes, que poderão ser declaradas autênticas pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal.

Art. 915. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contado, conforme o caso, na forma do art.231.

Assim, o prazo para a apresentação da defesa, que pode ser tanto uma tentativa de discussão de valores, quanto a desconstituição da validade do crédito, começará a contar da juntada do aviso de recebimento/mandado de citação positivo.

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Milly Ribeiro

"Em breves palavras, os títulos executivos judiciais são aqueles provenientes de processos, que, portanto, autorizam o seu cumprimento forçado.

Já os Títulos extrajudiciais são aqueles que não são providos pelas vias judiciais, por exemplo o cheque a duplicata ou o que qualquer pessoa pode emitir, mas que também geram a obrigação de pagar e execução com possível penhora mas que não necessitam de um processo de conhecimento pois o título já assegura o direito de receber o valor devido.

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