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Qual controvérsia girava em torno dos tratados de direitos humanos internalizados antes de 2004?

💡 2 Respostas

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Ismar Junior

A controvérsia estava no que se diz respeito a hierarquização, não se tinha ao certo a posição dos tratados frente as demais leis do ordenamento jurídio brasileiro. Mas mesmo após a EC45/2004 a matéria ainda encontra controvérsia...

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DLRV Advogados

Os tratados internacionais, via de regra, se inserem no ordenamento jurídico em equivalência às leis ordinárias. No entanto, no caso de tratados que consagram direitos humanos, havia muita discussão quanto a posição que ficariam na ordem normativa.

Tal discussão se dava pois a constituição trouxe, no § 2º do art. 5º, as seguintes disposições: “os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte”.

Muitas eram as correntes que buscavam definir a hierarquia dos tratados de direitos humanos no ordenamento jurídico interno:

a) a hierarquia supraconstitucional destes tratados;

b) a hierarquia constitucional;

c) a hierarquia infraconstitucional, mas supralegal; e

d) a paridade hierárquica entre tratado e lei federal.

Em meio a esta discussão, surge a Emenda Constitucional nº 45 que, buscando por fim a celeuma, traz o parágrafo 3º ao artigo 5º da CRFB, in verbis:

"§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais."   

Com isso, o entendimento fora consolidado pelo STF:

i) tratados internacionais que não são de direitos humanos são recepcionados na ordem interna com status de lei ordinária;

ii) tratados internacionais de direitos humanos são recepcionados na ordem interna com status supralegal, ou seja, estão entre a Constituição e a lei ordinária;

iii) tratados internacionais de direitos humanos aprovados nos termos do § 3º do art. 5º da Carta da República equivalem a emendas constitucionais e, portanto, têm status formal e material de norma constitucional.

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