Tiago, de que âmbito estamos falando? Direito Administrativo ou Processual Civil? Se este último (até porque sua pergunta está listada na disciplina Processo Civil), um exemplo seria situação envolvendo a chamada "cláusula compromissória", pela qual as partes contratantes se comprometem a submeter à justiça arbitral eventual conflito envolvendo o contrato que celebraram. Bem, nesse caso, embora a questão tenha mesmo que ser levada a um árbitro, nada impede que uma das partes discuta perante o Judiciário aspectos formais (de legalidade) do processo ou da decisão arbitral, por exemplo ligados ao fato de o ábitro ter interesse que uma das partes seja vencedora da causa. E isso simplesmente porque o inciso XXXV do art. 5.º da CRFB prevê que "a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito". Ou seja, embora a cláusula compromissória encontre amparo legal, não poderia a lei, hipoteticamente, prever que nem mesmo os aspectos da decisão arbitral poderia ser revistos pelo Judiciário.
A simples busca pelo poder jurisdicional do Estado na expectativa de recuperar ou tutelar direitos já é a aplicação desse princípio. O Princípio da Inafastabilidade do Poder Judiciário (ou do Controle Judiciário) está previsto no art. 5º, XXXV, da Constituição Federal:
XXXV- a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
O CPC/2015, por sua vez, tambem prevê expressamente esse princípio:
Art. 3º Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.
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Teoria Geral do Processo
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