As normas em branco são leis que de certa forma estão incompletas, necessitando de uma complementação de outra lei (homogênea) ou portaria, decretos, resoluções (heterogênea). Exemplo: o art. 33 da lei 11.343/06 diz que transportar drogas é crime, porém não conceitua o que é droga, necessitando da Portaria n. 344/98/MS que faz este regulamento, estamos diante de uma norma branca heterogênea. Importante acrescentar que a Portaria por si só não aplica pena, esta é a função da lei.
A norma penal em branco é aquela em que o tipo não descreve completamente o ato criminoso, sendo que, é preciso a complementação de outra norma para que haja a aplicação do tipo penal.
A norma penal em branco divide-se em homogênea e heterogênea. A primeira é aquela em que a fonte produtora da norma é a mesma que fez o tipo penal que será integrado. Por exemplo, o crime de Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento que tem como tipo "Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior" precisa da norma integradora existente no Código Civil feito pela mesma fonte legislativa (Congresso Nacional), pois, caso contrário, não seria possível a aplicação desse tipo penal sem saber o que é um impedimento ou um erro essencial.
A norma penal em branco heterogênea é aquela em que a norma utilizada para integrar o tipo penal foi feita por uma fonte legiferante diferente. Por exemplo, o crime de tráfico de drogas (lei produzida pelo Congresso Nacional) que para haver a tipicidade deve ter a integração com a portaria 344 de 1998 da Secretaria da Vigilância Sanitária (norma feita pelo Poder Executivo).
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