A oscilação do mercado é a seguinte: ou os juros sobem para conter a inflação, enquanto o crescimento do País é menor, ou o contrário acontece. Algumas observações: Primeiro, é necessário entender que o último relatório da Focus, divulgado ontem pelo Banco Central (BC), com estimativas coletadas até a última sexta-feira, apontou uma projeção de mercado, para este ano, de menor crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, com uma inflação mais alta. Ou seja, a lógica de sobe e desce dos índices permanece. Aceitando o desafio de dizer como manter o crescimento do País e a inflação baixa, Daniel Suliano, coordenador da Conjuntura Econômica do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipea), assim como os outros especialistas, diz que não há respostas no curto prazo, significativas, para mudanças reais na economia. “A ação mais indicada é pelo canal das expectativas que, no médio prazo, pode alterar o nível de confiança dos empresários e elevar o nível de investimentos”. E isto se daria, segundo ele, por meio de uma boa condução política e econômica, que tenda a diminuir as incertezas e melhorar a previsibilidade dos agentes econômicos. O vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira, acrescenta que a confiança dos consumidores também deve ser restabelecida. “Confiança e consumo em baixa acabam derrubando os investimentos, como os últimos dados do PIB demonstram”. Lista de cinco pontos para médio e longo prazo que podem equilibrar os fatores inflação e crescimento: reafirmação da responsabilidade fiscal; retomar a ortodoxia dos juros altos pelo tempo que for necessário; reforma tributária pautada pelos objetivos de simplificação, racionalização, redução da burocracia fazendária; reinstauração das modalidades de financiamento privado em infraestrutura; e estruturar uma base educacional para melhorar a produtividade do trabalho. Aumentar a poupança interna e o volume de investimentos para acelerar o crescimento seria outra medida a médio e longo prazo. MEDIDAS PARA MANTER A INFLAÇÃO BAIXA E O CRESCIMENTO ELEVADO Curto prazo Nenhuma medida efetiva. A não ser uma nova política monetária, mas nem assim haveriam mudanças significativas. Médio e longo prazo Aumentar a confiança dos investidores e dos consumidores, diminuindo incertezas e melhorando a previsibilidade dos agentes econômicos.
Espero ter ajudado!!! Henrique.
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