Entre servidores de tarefas semelhantes em dois poderes distintos ?
O que a Constituição Federal assegura é a igualdade jurídica, ou seja, tratamento igual aos especificamente iguais perante a lei. A igualdade genérica dos servidores públicos não os equipara em direitos e deveres e por isso mesmo não os iguala em vencimentos e vantagens.
“O instituto da equiparação salarial não é aplicado aos servidores da Administração Direta, autárquica e fundacional, por força do art. 37, XIII, da CF/88:
Art. 37, XIII, CF/88: A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público.
Com a proibição da vinculação, a Constituição proíbe qualquer reajuste automático de remuneração e subsídio. De acordo com a jurisprudência do STF:
Súmula 681 do STF: é inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção monetária.
O aumento salarial do servidor público decorre de parâmetros fixados em lei, portanto não cabe o instituto da equiparação salarial na Administração Pública Direta, autárquica e fundacional.” (Henrique Correia. Direito do Trabalho. 3ª ed. pg. 1097)
A Súmula Vinculante nº 37 segue a mesma linha do exposto até aqui. Observe.
Súmula Vinculante 37 do STF: “Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia”.
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