Os hemidesmossomos recebem este nome por apresentarem estrutura semelhante a dos desmossomos. Os hemidesmossomos são característicos de células basais da epiderme, células do epitélio de transição da bexiga, células da córnea, alguns epitélios simples como aqueles que revestem o trato gastrointestinal e respiratório e também em alguns epitélios glandulares, como as glândulas mamárias.1,2
Os hemidesmossomos apresentam em sua estrutura as integrinas α6 β4, que fazem a adesão com a matriz extracelular. Sendo que a subunidade β4 tem a função de se unir à α6. Entretanto, quando anticorpos são direcionados contra o domínio extracelular destas subunidades, os hemidesmossomos são inibidos e isto afeta a integridade estrutural da célula.1,2
Além de apresentar as integrinas em sua constituição, os hemidesmossomos apresentam vários tipos de proteínas, sendo uma das mais importantes a proteína 230KDa, também chamada de BP230. Esta proteína fica localizada na placa do hemidesmossomos que liga as integrinas aos filamentos intermediários. Estas proteínas são reconhecidas por auto-anticorpos freqüentemente encontrados em pacientes portadores da doença dermatológica vesicante, a penfigóide bolhoso.1,2
Outra proteína encontrada nos hemidesmossomos é a BP180, que assim como a BP230, é reconhecida por auto-anticorpos de pacientes com penfigóide bolhoso. A BP180 é uma proteína integral que está presente na membrana plasmática e tem como função estabilizar a interação da integrina com o citoesqueleto.1,2
Função
Esta junção faz a adesão de células epiteliais com sua membrana basal que se conecta com os filamentos intermediários do citoesqueleto com a matriz extracelular. Apresenta, assim como os desmossomos, a função de oferecer resistência ao tecido contra o estresse mecânico.1,2
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