Supondo que se trate da seguinte questão:
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A função social da propriedade, a supremacia do interesse público e o direito incondicional à propriedade, fundamentam as diversas formas de intervenção do Estado. |
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A servidão administrativa é uma forma de expressão do poder de policia do Estado. |
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A servidão administrativa corresponde a um direito de natureza pessoal. |
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A propriedade é um direito fundamental consagrado na Constituição. Neste sentido, as modalidades de intervenção do Estado que objetivem restringir este direito são consideradas inconstitucionais, admitindo-se, apenas, caso haja acordo entre os Estado e o particular. |
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Além do poder de policia, as modalidades restritivas de intervenção do Estado na propriedade privada são consideradas impositivas, cabendo ao particular apenas o dever de tolerância. |
Resposta: A questão apresenta mais de uma resposta correta. Vejamos.
1ª alternativa: ERRADA. O direito à propriedade não é incondicional. Inclusive, as formas de intervenção do estado sobre a propriedade caracterizam condicionantes/limitações ao uso/gozo da propriedade.
2ª alternativa: CORRETA.
Nesse sentido, Rafael Carvalho Rezende de Oliveira:
“É lícito afirmar que a intervenção estatal na propriedade é fruto do exercício do poder de polícia do Estado e é justificada por dois argumentos:
a) cumprimento da função social da propriedade (arts. 5.º, XXIII, e 170, III, da CRFB); e
b) satisfação do interesse público.”
Fonte: Curso de Direito Administrativo. e-book. 6ª ed. pg. 631-632
3ª alternativa: ERRADA. A servidão administrativa corresponde a um direito de natureza real.
4ª alternativa: ERRADA. A propriedade é um direito fundamental consagrado na Constituição, o que não significa que seja absoluto. Há exceções, inclusive em sede constitucional. A título de exemplo, pode-se mencionar a desapropriação (art. 182, § 4.º, III, e art. 184 da CRFB).
5ª alternativa: CORRETA. Segundo Hely Lopes Meirelles, “entende-se por intervenção na propriedade privada todo ato do Poder Público que, fundado em lei, compulsoriamente retira ou restringe direitos dominiais privados ou sujeita o uso de bens particulares a uma destinação de interesse público.” (Direito Administrativo Brasileiro. 42ª ed. pg. 728)
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