furto

No processo penal o réu se defende dos fatos, sendo que a mera capitulação incorreta do fato descrito não vincula o juiz podendo o réu ser condenado pelo crime mais grave. No caso em questão observa-se a emendatio libelli que é quando o Ministério Público faz a capitulação de um fato incorretamente, desse modo, o juiz pode condenar pelo crime mais grave desde que fique provado que o fatos aconteceram com fulcro no artigo 383 do Código de Processo Penal que dispõe: 

Art. 383.  O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave.          

§ 1^o  Se, em conseqüência de definição jurídica diversa, houver possibilidade de proposta de suspensão condicional do processo, o juiz procederá de acordo com o disposto na lei.          

§ 2^o  Tratando-se de infração da competência de outro juízo, a este serão encaminhados os autos.        

A assertiva A está incorreta pois, o juiz pode sim condenar pela pena mais grave. 

A assertiva B está incorreta pois, não é preciso dar possibilidade para o Ministério Público nem a defesa para manifestação, visto que, durante todo o processo es fatos estavam corretos e a defesa já exerceu o contraditório e ampla defesa. Essa manifestação acontece na mutatio libelli, em que a capitulação estava correta com os fatos, porém, durante a instrução processual verificou elementos novos que mudam a classificação do crime. 

A assertiva C está incorreta, pois, o processo não é nulo.

A assertiva D está incorreta, pois, o réu já exerceu seu direito de defesa quanto aos fatos corretamente descritos. 

A assertiva E está correta conforme o artigo 383 do Código de Processo Penal.