A ideia de que os governantes teriam alguma ligação especial divina foi rompida, e desarticulação oficial entre as instituições religiosas e políticas promoveu uma ampliação das liberdades individuais e uma maior autonomia do governo frente ao poderio eclesiástico, que durante mais de mil anos dominou o cenário social,econômico e político das civilizações do ocidente.
Essa questão envolve conceitos sobre as características de um Estado Laico e suas consequências.
Um Estado Laico de caracteriza pela separação de religião e governo, mantendo sua posição religiosa neutra e respeitando todas as diferentes religiões presentes dentro da nação. Além disso, não exerce poder ou interfere na esfera religiosa, proporcionando a liberdade de culto.
Dessa forma, os governantes de um país não mais são vistos como líderes religiosos ou que possuam um “chamado divino”. Assim, as autoridades recebem maior autonomia e liberdade de atuação nas esferas econômica, política, social, relações internacionais, etc., ao mesmo tempo que aumenta as liberdades individuais da população.
Isso implica que os governantes passam a ser escolhidos como representantes do povo, causando uma maior representatividade dos diversos grupos sociais dentro da política nacional. Além disso, passa a ser exigido dos candidatos formação e uma boa capacidade de governar e liderar.
Fonte: BOBBIO, Norberto, MATTEUCCI, Nicola, PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de Política. São Paulo: Editora UNB – Imprensa Oficial: 2004.
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