A rescisão indireta do contrato de trabalho está disciplinada no art. 483 da CLT como hipóteses em que o trabalhador pode considerar extinto o pacto laborativo por culpa do empregador. Dispõe a alínea d do citado dispositivo legal que o empregado pode considerar rescindido o contrato quando o empregador não cumprir com as obrigações dele decorrentes. É o caso citado como exemplo, no qual a empresa não havia efetuado o registro do trabalhador em CTPS nem lhe concedido férias durante quatro anos ininterruptos. Em tais circunstâncias, prevê o §3º, do art. 483, da CLT que o trabalhador pode pleitear a rescisão judicialmente e o pagamento dos haveres, permanecendo ou não no serviço até decisão final do processo. Sendo assim, a resposta ao problema proposto é afirmativa, pois a legislação autoriza que o empregado permaneça prestando serviços à empregadora durante o curso da reclamatória trabalhista.
A rescisão indireta pode ser conhecida também como a “justa causa do empregador”. Quando o patrão comete alguma falta prevista em lei, o empregado pode rescindir o seu contrato e receber as mesmas verbas a que teria direito caso fosse dispensado.
Primeiro, importante relembrar, em linhas gerais, o que é a recisão indireta. Esta é a possibilidade de o empregado “dispensar” o patrão. Na hipótese de o empregador cometer alguma falta grave prevista em lei, o funcionário pode dar por encerrado seu contrato.
Em regra, os motivos para a rescisão indireta estão previstos no art. 483 da CLT. Para se conseguir a rescisão indireta é necessário mover uma reclamação trabalhista. Nela o empregado deverá comprovar os fatos que caracterizaram a falta grave. Comprovada a ocorrência de quaisquer dos casos previstos em lei, o contrato deve ser rescindido de maneira indireta.
A legislação prevê situações em que o empregado pode pedir rescisão indireta e continuar trabalhando. Veja o § 3º do art. 483 da CLT:
“§ 3º – Nas hipóteses das letras “d” e “g”, poderá o empregado pleitear a rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ou não no serviço até final decisão do processo”.
Perceba que este dispositivo autoriza o empregado a continuar trabalhando em algumas hipóteses mesmo durante a reclamação. A alínea “d” se refere ao não cumprimento pelo empregador das obrigações do contrato, como é o caso supra mencionado, e a “g” à redução considerável de trabalho resultando em grande diminuição salarial.
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