A constitucionalização do direito civil, também chamada de direito civil constitucional, nada mais é do que a imposição de uma leitura dos institutos de direito civil conforme a Constituição Federal. A norma não deixa de ser de direito privado, mas direito privado interpretado conforme a Constituição. Exemplos:
1. Concessão de alimentos nas uniões homoafetivas é o artigo 1.694, CC, interpretado à luz da dignidade da pessoa humana e da isonomia constitucional.
2. Teoria dos contratos o contrato não pode ser um instrumento de abuso econômico, um instrumento de opressão. Assim, a teoria do contrato foi reconstruída com o objetivo de, sem aniquilar a autonomia da vontade (Teoria Liberal dos contratos), condicioná-la a parâmetros constitucionais, a exemplo da função social do contrato, da boa-fé objetiva e da doutrina da eficácia horizontal dos direitos fundamentais.
A Constitucionalização do Direito Civil nada mais é do que a interpretação do Código Civil baseando-se nos princípios, fundamentos e normas da Constituição Federal. Assim, podemos citar como exemplo, a aplicação do princípio da boa fé, presente no Código Civil, interpretada de acordo com o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana.
É o que leciona o ilustre doutrinador Canotilho ao dissertar:
“Designa-se por constitucionalização a incorporação de direitos subjetivos do homem em normas formalmente básicas (...) Por isso e para isso, os direitos fundamentais devem ser compreendidos, interpretados e aplicados como normas jurídicas vinculativas e não como trechos ostentatórios ao jeito das grandes declarações de direitos.”
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