Idade mínima de 21 anos, conhecimento da língua portuguesa, habilitação para o exercício de atividade útil e razoável compreensão dos usos e costumes nacionais.
Em que pese disposição do Código Civil em seu artigo 4º, parágrafo único estabelecendo que a capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial, o Estatuto do Índio, datado de 1973, não abarca, nem garante a proteção necessária aos combalidos direitos indígenas.
Essa lacuna deve, em tese, ser suplementada pelo disposto nos artigos 231 e 232 da Constituição Federal, que reconhecem o direito à existência e preservação da cultura e organização indígena, assim como, garantem a legitimidade dos mesmos para postulação de seus direitos.
Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
Art. 232. Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do processo.
Além disso, a carta magna também ressaltou a necessidade de intervenção do Ministério Público na defesa do interesse da população em seu artigo 129, a saber:
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;
Assim, nao há que se falar em emancipação do índio, já que, a Constituição Federal contempla a toda comunidade indígena a capacidade processual de forma expressa, e, presumida e consequentemente a capacidade para a prática dos atos da vida civil.
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