O consumo e o consumismo derivado deste, tem um alto de poder de influenciar a construção de identidades, acredito que nossos desejos e auto reconhecimento esta interligado diretamente ao nosso universo consumista, o acesso aos bens materais ou a exclusão, influenciam e nossa identidade e até os grupos aos quais pertencemos e frequentamos. Ou seja, muito vale hoje o Ter para ser reconhecido de uma sociedade que vanglorisa os vencedores e exclui os desiguais.
Para resolver este problema devemos colocar em prática nossos conhecimentos sobre antropologia.
As identidades acompanham as sociedades no que concerne a compreensão de que ambas estão em processo constante de mudança e adequação, se as instituições sociais responsáveis pela formação dos indivíduos, dentre elas podemos citar a escola, produziram ou ajudaram a produzir discursos, é importante destacarmos que os sujeitos concretos não cumprem literalmente aquilo que é prescrito através dos discursos, fáceis de casar com o discurso neoliberal da atual sociedade, na qual há um mercado para tudo, e, portanto, um espaço “para todos”.
Nossa sociedade, contemporânea ou “pós-moderna”, também pode ser chamada de “sociedade midiática”, “sociedade do conhecimento”, “da desigualdade social” e de “sociedade de consumo”. Consumo e mídia são inseparáveis e mais, como afirma o sociólogo Zigmund Bauman, ocorreu nos últimos tempos, uma espécie de transformação das pessoas em mercadorias a sociedade contemporânea “se distingue por uma reconstrução das relações humanas a partir do padrão, e a semelhança das relações entre consumidores e os objetos de consumo” (BAUMAN, 2008, p. 19). Bauman ainda conclui “numa sociedade de consumidores, tornar-se mercadoria desejável e desejada é a matéria de que são feitos os sonhos e os contos de fadas” (BAUMAN, 2008, p.22).
A “coisificação” dos indivíduos, a valorização do corpo, da estética, em detrimento de outros valores e qualidades tão importantes nos seres humanos é evidente na sociedade em que vivemos. Justamente por haver a necessidade de se “criar” sempre novos consumidores, há um mercado para crianças, mulheres em várias fases da vida, adolescentes, minorias, etc., é preciso estimular o consumo e não deixar ninguém de fora do círculo.
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