Buscar

A obrigação de não fazer, ou negativa, impõe ao devedor um dever de abstenção

A obrigação de não fazer, ou negativa, impõe ao devedor um dever de abstenção: o de não praticar o ato que poderia livremente fazer, se não se houvesse obrigado. Levando em consideração as obrigações de não fazer, escolha a alternativa correta:
 
  Nas obrigações de não fazer, como ocorre no caso da cabelereira alienante que se obriga a não abrir outro salão de beleza no mesmo bairro deve cumprir o prometido. Se praticar o ato torna-se inadimplente, cuja a consequência será o seu desfazimento sob pena de se desfazer à sua custa, assumindo ainda o ressarcimento pelas perdas e danos.
  Não são impostos limites nas obrigações de não fazer, de modo que pode-se exigir sacrifícios a liberdade do devedor, como por exemplo, a imposição da proibição de se casar a uma pessoa para que ela possa ser agracida com uma quantia voltada ao custeio de seus estudos.
  O adquirente que se obriga a não construir, no terreno adquirida, prédio além de certa altura, deve cumprir o prometido. Se praticar o ato a cuja abstenção se obrigara, o credor poderá exigir do devedor que o desfaça sob pena de ser obrigado a responder apenas pelas perdas e danos.
  Nas obrigações de não fazer, ainda que em caso de urgência, o credor não poderá desfazer ou mandar desfazer o ato praticado, independentemente de autorização judicial.
  Também nas servidões o proprietário do prédio serviente fica obrigado a tolerar que dele se utilize, para certo fim, o dono do prédio dominante, nos termos do art. 1378 do CC. O inadiplemento desta obrigação de não fazer não configura fonte de obrigação na modalidade abuso de direito (art. 187 do CC).

💡 3 Respostas

User badge image

Nanni Oliveira

obrigada me ajudou bastante seu material

0
Dislike0
User badge image

Júnior Oliveira

LETRA "A" - Nas obrigações de não fazer, como ocorre no caso da cabelereira alienante que se obriga a não abrir outro salão de beleza no mesmo bairro deve cumprir o prometido. Se praticar o ato torna-se inadimplente, cuja a consequência será o seu desfazimento sob pena de se desfazer à sua custa, assumindo ainda o ressarcimento pelas perdas e danos.

CORRETA! Isso porque, tal como ocorre com as obrigações de FAZER, nas obrigações de NÃO FAZER, há a constituição de uma ação de prestação de fator. Ao passo que na obrigação de fazer há uma ação positiva, na de não fazer há uma ação negativa, omissiva, de não praticar o ato que poderia livremente fazer, se não se houvesse obrigado. A abstenção da parte se configura elemento fundamental para o interesse do credor, levando ao inadimplemento da obrigação, caso o devedor não cumpra com a omissão outrora firmada.

"LETRA B" - Não são impostos limites nas obrigações de não fazer, de modo que pode-se exigir sacrifícios a liberdade do devedor, como por exemplo, a imposição da proibição de se casar a uma pessoa para que ela possa ser agracida com uma quantia voltada ao custeio de seus estudos.

ERRADA! Nos termos do art. 250, CC/02, a impossibilidade de cumprimento da obrigação negativa, se, cukpa do devedor, leva inclusive à sua extinção:

 

Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossível abster-se do ato, que se obrigou a não praticar.

"LETRA C" - O adquirente que se obriga a não construir, no terreno adquirida, prédio além de certa altura, deve cumprir o prometido. Se praticar o ato a cuja abstenção se obrigara, o credor poderá exigir do devedor que o desfaça sob pena de ser obrigado a responder apenas pelas perdas e danos. 

ERRADA! O erro está em "apenas", pois, nos termos do art. 251, CC/02, o credor tambem poderá desfazer o ato às custas do devedor:

Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos.

"LETRA D" - Nas obrigações de não fazer, ainda que em caso de urgência, o credor não poderá desfazer ou mandar desfazer o ato praticado, independentemente de autorização judicial.

ERRADA! Confronta o texto literal do §único do art. 251, CC:

Art. 251, Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido.

 

"LETRA E" - Também nas servidões o proprietário do prédio serviente fica obrigado a tolerar que dele se utilize, para certo fim, o dono do prédio dominante, nos termos do art. 1378 do CC. O inadiplemento desta obrigação de não fazer não configura fonte de obrigação na modalidade abuso de direito (art. 187 do CC). 

ERRADA!  De fato, o proprietário do prédio serviente fica obrigado a tolerar a utilização do dono do prédio dominante. Contudo, inadimplindo com essa obrigação, isto é, impedindo tal uso, estará cometendo ato ilícito:

Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.

0
Dislike1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

✏️ Responder

SetasNegritoItálicoSublinhadoTachadoCitaçãoCódigoLista numeradaLista com marcadoresSubscritoSobrescritoDiminuir recuoAumentar recuoCor da fonteCor de fundoAlinhamentoLimparInserir linkImagemFórmula

Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta.

User badge image

Outros materiais