Pois somente em constituições formais e rígidas é que podemos verificar o fenômeno da "supremacia da constituição", já que, em constituições materiais e flexíveis, basta uma norma tratar de matérias que são reservadas à Constituição para que ela seja considerada constitucional revogando a norma anterior que versava sobre tal matéria. Dessa forma, não há também o que se falar em controle de constitucionalidade em constituições flexíveis, pois não há uma imposição formal de observância da Constituição perante o resto do ordenamento.
A rigidez constitucional é uma conditio sine qua non para a existência do controle de constitucionalidade. Não há de se falar em controle em relação a Constituições flexíveis, modificáveis pelo processo legislativo ordinário. Isto ocorre porque nas Constituições flexíveis o legislador comum tem sempre a prerrogativa do legislador constituinte. Assim, não existe o que proteger por via do controle, ao menos em relação ao conteúdo das normas constitucionais.
A superioridade da Constituição decorre tanto do reconhecimento de possuir ela um valor normativo hierarquicamente superior (superlegalidade material) às demais normas, que faz daquela um parâmetro obrigatório para estas, quanto da idéia de ser a Constituição uma norma primária da produção jurídica, decorrendo daí a necessidade da sua rigidez (superlegalidade formal).
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta.
Compartilhar