1) Naiara celebrou um contrato de trabalho com Luíza, estabelecendo as principais
regras da relação trabalhista que seria realizada entre as partes, tais como horário que
Luíza deveria cumprir, remuneração pelo trabalho, etc. Dentre as cláusulas ajustadas,
constava a previsão de que eventual conflito existente entre as partes em virtude do
referido contrato seria dirimido na Comarca de Araras (integrante da Justiça Estadual de
São Paulo), que era o local da prestação do serviço. Após alguns meses de correto
pagamento dos valores devidos, Naiara passou a efetuar o pagamento em valores
parciais, deixando de honrar algumas verbas. Após algumas discussões, Luíza decidiu
propor uma Reclamação Trabalhista pleiteando o pagamento dos valores que entendia
corretos. Propôs, então, a referida ação no foro da Comarca de Araras, conforme
expressa previsão do contrato firmado entre as partes.
Com base no caso concreto acima narrado, responda justificadamente às seguintes
questões: a) é válida a cláusula contratual entabulada por Naiara e Luíza? b) se o juiz da
causa ordenar a citação de Naiara para responder ao referido processo, ela poderá
impugnar uma cláusula contratual por ela própria ajustada?
B) Não, pois a cláusula é inválida, conforme explicação anterior. Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.
A) Não, a cláusula interposta pela empregadora “Naiara”, ainda que a empregada “Luíza” tenha aceitado a condição, é nula. Pois como nos ensina Renato SARAIVA (2011, P. 117), “no âmbito do processo do” trabalho não poderá ser instituída pelas partes da relação laboral cláusula que preveja foro de eleição em caso de eventual conflito, no processo do trabalho não se admite que as partes da relação de emprego instituam cláusula de foro de eleição na relação de emprego, já que as regras de competência da justiça do trabalho são de ordem pública. Como estão presentes as características da alteridade, subordinação, pessoalidade, onerosidade e não eventualidade fica caracterizada a relação de emprego e, por isso, não é possível cláusula de foro de eleição.
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Teoria Geral do Processo
•UNIDERP - ANHANGUERA
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