(Adaptado Enade/2015) – No exercício do seu poder normativo e com a finalidade de regulamentar a Lei de Licitações e Contratos da Administração Pública um prefeito editou decreto municipal, estabelecendo que as hipóteses de dispensa de licitação e de inexigibilidade, a partir de 2016, seriam decididas pela Comissão Permanente de Licitações, com base no poder discricionário.
O prefeito poderia editar o Decreto, pois a Lei 8666/93 aplica-se somente aos municípios.
II - Em relação à licitação é indispensável o grau de discricionariedade administrativa prevista na referida lei.
III – A duração dos contratos municipais ficará limitada à vigência dos respectivos créditos orçamentários, no exercício financeiro em que são celebrados, obedecendo ao princípio da anualidade a que é submetido o Orçamento Público.
IV - Tratando-se de licitação para a compra de material comum, a Comissão Permanente de Licitações da mencionada prefeitura tem o dever legal de especificar o objeto o que é essencial para a correta formulação das propostas e a seleção da proposta mais vantajosa.
É correto o que se afirma em:
Assertiva I está errada, o prefeito não poderia editar o Decreto, pois a Lei 8.666/93 não se aplica aos municípios;
Assertiva II está errada, pois em relação à licitação dispensável há hipóteses em que se admite certo grau de discricionariedade adminitrativa;
Assertiva III está errada, pois os contratos de trato sucessivo excetuam-se ao principio da anualidade (art. 57,II, da Lei 8666/93 c/c art. 165, § 5º, da CF/88)
Assertiva IV está correta (art. 24, da Lei 8.666/93).
Alternativa "B"
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I. ERRADA: Lei 8666/93. Art. 1o: Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Ou seja, a lei se aplica a todos os entes federativos.
II. ERRADA: "Nos casos em que a Lei autoriza a não realização da licitação diz-se ser ela dispensável. Nestes casos a competição é possível, mas a Lei autoriza a Administração a, segundo critério seu de oportunidade e conveniência, ou seja, mediante ato administrativo discricionário dispensar sua realização." Vicente de Paulo e Marcelo Alexandrino. pg. 350.
Assim, nas hipóteses de licitações dispensáveis o gestor pode ou não realizar licitação, esse poder de decisão corresponde à discricionariedade. Já no rol das licitações dispensadas o gestor está proibido por lei de realizar a licitação, ou seja, não há discricionariedade.
III. CERTA: Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos (...). E a lei 4.320/64 diz: Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.
Então, de fato, um contrato, em regra, durará até o fim do ano civil, ou exercício financeiro, como diz o item.
CERTA: A Lei nº 8.666/93, em seus arts. 14, 38, caput e 40, inciso I, determina que o objeto da licitação deve ser caracterizado de forma adequada, sucinta e clara.
O objeto deve ser descrito de forma a traduzir a real necessidade do Poder Público, com todas as características indispensáveis, afastando-se, evidentemente, as características irrelevantes e desnecessárias, que têm o condão de restringir a competição.
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