Tecnicamente, o inventário é um procedimento administrativo de jurisdição voluntária que, em regra, não possui partes litigantes, e por meio do qual os herdeiros publicizam o falecimento de alguem, relacionam os bens deixados pelo de cujus e buscam a regularização quanto a sua propriedade, possibilitando inclusive que eventuais credores do falecido tomem ciência do óbito e se habilitem para receber seus créditos.
O Inventário Causa Mortis (em razão da morte) tem início com a apresentação das "Primeiras Declarações", momento em que os herdeiros informam ao Juízo competente o falecimento de alguem, devendo informar ainda se o de cujus deixou bem e herdeiros.
Aberto o Inventário, será nomeado pelo juiz a figura do Inventariante, que pode ou não ser um dos herdeiros. Firmado o Termo de Inventariança, caberá ao Inventariante, o munus de representar o espólio (massa patrimonial inventariada) e impulsionar o feito judicial.
Tambem é tarefa do Inventariante apresentar as Primeiras Declarações, considerada a petição básica do procedimento, porque deverá indicar e qualificar individualmente os bens e os herdeiros do falecido.
Após, deverá ser recolhido o Imposto de Tramissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), receber o aval da Fazenda Estadual e, estando tudo de acordo com as exigências legais, haverá a expedição do documento registrável junto ao Cartório de Registro de Imóveis, para averbação dos dados do "novo proprietário". Esse documento será a Carta de Adjudicação, em se tratando de herdeiro único, ou o Formal de Partilha, se houver pluralidade de herdeiros.
Realizado o registro da Carta ou do Formal, produzir-se-ão efeitos erga omnes em relação à propriedade do bem, restando finalizado o Inventário.
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