De acordo com Hermann (1984), antes de se analisar as estruturas do aparelho psíquico, é necessário saber de que maneira Freud construiu suas teorias a respeito delas e isso envolve todo o estudo anterior à isso. Ou seja, o caminho ou método pelo qual o inconsciente se descobre e a utilização legítima da teoria psicanalítica. Para Freud, o termo “psicanálise” tem três sentidos: é o método interpretativo, mas significa também uma forma de tratamento psicológico (ou psicoterapia analítica) e igualmente é o nome do conhecimento que o método produz (ou teoria psicanalítica).
O método psicanalítico busca sanar não apenas as dúvidas do irracional, mas também as atitudes racionais do cotidiano, o que torna a psicanálise uma das ciências mais completas existentes. A prática psicanalítica não é uma conseqüência simples das nossas teorias e sim uma atividade teórica muito perigosa e radical. A prática analítica é o ponto de fusão da própria teoria (Hermann, 1984). Para tal, Freud elaborou sua teoria sobre as estruturas do aparelho psíquico, buscando explicar os conceitos e as funções de cada uma delas e a maneira como trabalhavam em conjunto e guiavam nossos comportamentos e desejos. As estruturas foram divididas em duas tópicas: A primeira, sendo os primeiros passos de Freud dentro do campo da psicologia, se divide nas três seguintes e principais estruturas: Consciente, pré-consciente e inconsciente. A segunda tópica se tratou de um refinamento de Freud em sua linha de raciocínio e um melhor estudo e conceito das estruturas anteriormente citadas, agora sob o nome de id, ego e superego.
De acordo com Freud, o princípio básico do funcionamento mental é o de evitar desprazer. no inconsciente há energia pulsional livre e representações que podem ser carregadas com essa energia. O inconsciente é também o próprio processo de recalcamento, que impede as ideias consideradas “impróprias” de emergirem. Tais ideias recalcadas, entretanto, não ficam inertes. Elas utilizam a energia livre do sistema inconsciente para que possam se manter em constante movimento e também influem no funcionamento da consciência. Freud chamou essa energia de “pulsões”. As pulsões formam a estrutura da personalidade que atua de acordo com prazer e ela esta presente no inconsciente.
Na teoria psicanalítica da personalidade de Freud, o princípio do prazer é a força motriz do id, que busca a satisfação imediata de todas as necessidades, desejos e impulsos. Em outras palavras, o princípio do prazer se esforça para cumprir nossos impulsos mais básicos e primitivos, incluindo fome, sede, raiva e sexo. Quando estas necessidades não são satisfeitas, o resultado é um estado de ansiedade ou tensão.
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Psicologia da Personalidade I
•ESTÁCIO EAD
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