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Alguém pode me ajudar a entender as obrigações solidarias no direito civil

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Laiana Cavalcante

Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores ou co-devedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro.

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Carlos Eduardo Ferreira de Souza

As obrigações solidárias estão reguladas pelos arts. 264 a 285 do Código Civil. Traremos definições e alguns destaques importantes:

Existe solidariedade quando, na mesma obrigação, há pluralidade de credores e/ou devedores, sendo todos obrigados ou titulares do direito da prestação integral. Ademais, a solidariedade não se presume, decorrendo da lei ou da vontade das partes.

Podem ser da seguinte forma

1) Solidariedade ativa: 

  • Aqui há pluralidade de credores e cada um deles tem a possibilidade de exigir do devedor a prestação integral, se desobrigando o devedor que pagar a qualquer deles, cabendo aos demais o direito de exigir o ressarcimento daquele que percebeu . 
  • Temos, ainda, que a escolha será do devedor. Entretanto, se qualquer dos credores houver ajuizado ação cabível, então a ele deverá ser prestada a obrigação integral;
  • O pagamento, se parcial, extinguirá o débito apenas no montante pago;
  • No caso de falecimento, a solidariedade se extingue para os herdeiros, que só poderão exigir a parcela correspondente ao quinhão deixado;
  • Se a obrigação não puder ser prestada, convertendo-se em perdas e danos, a solidariedade permanecerá. Aqui, o devedor se desobriga pagando perdas e danos a qualquer dos credores, a sua escolha ou àquele que primeiro se manifestar judicialmente;
  • Em caso de remissão, novação ou recebimento, o credor que a realizar responde aos demais, desobrigando o devedor.
  • As exceções pessoais feitas a um dos credores não se estendem aos demais. Quanto às demais, os julgamentos desfavoráveis não prejudicam os demais credores, enquanto os favoráveis os beneficia.

2) Solidariedade passiva:

  • O credor tem a possibilidade de exigir de qualquer devedor o pagamento integral de dívida comum, quando há pluralidade de devedores. Exemplificando, se um consumidor demanda três empresas em ação de indenização por danos materiais e aquelas são condenadas ao pagamento de R$ 3.000,00, solidariamente, pode exigir R$ 1000,00 de cada ou R$ 3000,00 de qualquer delas;
  • Cabe ação de regresso, por aquele que efetuar o pagamento, em face dos demais devedores;
  • As situações que agravem o débito, como geração de perdas e danos, condições, cláusulas penais, etc. não se estendem aos codevedores que não anuíram ou não deram causa;
  • O credor pode exonerar, por qualquer circunstância, um ou mais codevedores, subsistindo a solidariedade dos demais, no montante que restar, já descontada a quota do devedor que foi desobrigado.
  • Em caso de insolvência de um dos devedores, os valores serão rateados pelos demais, inclusive por aquele que foi exonerado pelo credor, sendo certo que ato deste não pode prejudicar os codevedores que sequer participaram da renúncia, remissão, compensação, etc.
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