Os princípios gerais do Direito, além de consagrarem verdadeira fonte do direito, auxiliam a aplicação da norma ao caso concreto.
Sobre o tema, Miguel Reale explica: “A nosso ver, princípios gerais de direito são enunciações normativas de valor genérico, que condicionam e orientam a compreensão do ordenamento jurídico, que para a sua aplicação e integração, quer para a elaboração de novas normas” (REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. 2004. 24ª ed. São Paulo: Saraiva, p. 304)
O uso reiterado de uma conduta consagra o costume. Nasce, em verdade, da própria sociedade, caracterizando uma espécie de prática obrigatória naquele meio.
A aplicação pura e simples do direito ao caso concreto pode levar à injustiça.
Em outras palavras, o apego ao formalismo sem critérios leva o magistrado a decisões injustas.
É neste cenário que deve o juiz lançar mão de equidade. Na concepção aristotélica, a equidade é a justiça no caso concreto.
É o conflito entre duas normas, ambas aplicáveis ao mesmo caso concreto. Entenda-se norma, aqui, como gênero, cujas espécies são o princípio e a regra.
Neste ponto, a questão relevante a ser solucionada pelo Operador do Direito é a seguinte: “como se resolve a antinomia?”
A ideia foi muito bem trabalhada por Norberto Bobbio, em seu livro Teoria do Ordenamento Jurídico e, hoje, ao lado da teoria do diálogo das fontes, importada por Cláudia Lima Marques, temos o seguinte cenário:
Caso a solução seja convergente aplica-se a Teoria do Dialogo das Fontes. Caso contrário há 2 hipóteses:
Antinomia de primeiro grau (ou antinomia aparente): a solução está no próprio ordenamento jurídico. Os critérios utilizados são:
I – Norma superior prevalece sobre norma inferior;
II – Norma especial prevalece sobre norma geral;
III – Norma posterior prevalece sobre norma anterior.
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