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Consoante a doutrina moderna, a qual compartilho o entendimento, o crime de favorecimento pessoal se caracteriza quando terceiro auxilia o autor do crime a esquivar-se da autoridade pública. Assim, trata-se de crime acessório que depende da ocorrência de crime anterior. Se estiver alguma excludente de ilicitude, culpabilidade ou extinta a punibilidade não haverá crime de favorecimento pessoal. Caso o agente venha a ser absolvido, salvo absolvição imprópria, o agente do crime de favorecimento pessoal não poderá ser punido.
Configura-se o crime acima, quando o auxiliado pratica crime sujeito à pena de reclusão ou detenção. (§ 1º (favorecimento pessoal privilegiado) - Se ao crime não é cominada pena de reclusão: Pena - detenção, de 15 dias a 3 meses, e multa).
O fato de alguém encontrar a arma que foi utilizada para a prática de um homicídio e não entregá-la espontaneamente à Polícia não caracteriza a infração do art. 348 do CP, pois o crime de favorecimento pessoal consiste no auxílio prestado ao criminoso para que este se subtraia à ação da autoridade. É o ato de despistar, embaraçar e confundir o responsável pela captura, para que o autor de um crime possa homiziar-se, esconder-se ou mesmo empreender fuga. Nesse caso, Pode, em tese, ocorrer o crime do art.347, parágrafo único do CP (Se a inovação se destina a produzir efeito em processo penal, ainda que não iniciado, as penas aplicam-se em dobro). Assim, não se caracteriza o crime de favorecimento pessoal quando alguém DIFICULTAR a investigação da autoridade ou de seus agentes.
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