Na tentativa perfeita, também chamada de acabada, o sujeito esgota todos os meios à sua disposição, vale dizer, pratica tudo aquilo que lhe era possível no momento da conduta, mas mesmo assim, o delito não se consuma por razões alheias à sua vontade. ex.: o sujeito quer matar seu desafeto, com disparos de arma de fogo. possui um revólver municiado com seis projéteis; efetua os seis tiros, alveja a vítima, mas mesmo assim, esta recebe atendimento médico tempestivo e sobrevive (o sujeito quer praticar o crime, inicia os atos de execução disponíveis e faz tudo ao seu alcance, mas o delito não se consuma por razões alheias à sua vontade: HÁ CRIME TENTADO.
No crime impossível (pervisto no art. 17 do Código Penal), o sujeito também quer praticar o delito, dá início à conduta criminosa e também faz tudo que está ao seu alcance. Porém, NÃO HÁ CRIME, por ineficácia absoluta do meio empregado ou impropriedade absoluta do objeto (daí o nome crime impossível). ex1.: o sujeito pretende matar seu desafeto, com emprego de veneno. Ministra um pó branco na bebida do desafeto (imaginando que é veneno) e este vem a ingerir o líquido. Porém, na verdade, trata-se apenas açucar refinado. Veja, açucar não é capaz de matar alguém. Não há sequer tentativa de homicídio (o crime é impossível, por ineficácia ABSOLUTA do meio empregado). ex2.: o sujeito pretende matar um morador de rua. Encontra o morador deitado. por imaginar que ele estava dormindo, desfere-lhe uma paulada na cabeça. Na verdade, o mendigo já estava morto, e conforme sabido, não há como matar um "cadáver". Não responderá sequer por tentativa de homicídio (crime impossível por impropriedade ABSOLUTA do objeto).
Na tentativa perfeita o agente criminoso utiliza todos os meios possíveis para a consumação do crime mas essa não acontece por fatos alheios à sua vontade. Ex.: A que matar B. A descarrega toda sua arma em B, porém, esse sobrevive.
No crime impossível os meios utilizados ou o objeto do crime são totalmente inidôneos sendo que não poderá haver a consumação. Ex.: A quer matar B. B está deitado já morto em virtude de um envenenamento. A descarrega toda sua arma em B. Nesse caso há crime impossível pois o objeto era totalmente inidôneo.
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