Uma religiosa, freira em um convento de ordem católica, mantém relação sexual com um visitante que havia ido ao local fazer um donativo, e o acusa de estupro com uso de grave ameaça. É sabido que padre e freira são celibatários. Dada essa situação é possível afirmar que a presunção de estupro é absoluta e não cabe prova em contrário?
Errado. No processo penal o juiz é regulado pelo livre convencimento motivado observando a prova constante nos autos do processo conforme o artigo 155 do Código de Processo Penal: "O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas". Dessa maneira, é possível que o visitante faça prova contrariando o laudo de estupro por meio de uma perícia especializada ou por meio de seu assistente técnico.
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