Palavra utilizada somente no plural, que significa uma garantia ou um sinal de um contrato como, por exemplo, o penhor. O termo arras possui duas espécies, confirmatórias e penitenciárias.
As arras confirmatórias têm a função essencial de confirmar o contrato, tornando-o obrigatório após a entrega do sinal. Com a confirmação as partes contratantes, ficam impedidas de rescindir o acordo unilateralmente, vindo a responder por perdas e danos se o fizer. Já as arras penitenciais existirão somente se as partes contratantes estipularem o direito de arrependimento. As arras ou sinal, no sentido penitencial, são, na realidade, uma pena convencionada que deverá ser cumprida pela parte que se valer da faculdade do arrependimento.
Arras ou sinal é uma espécie de prestação antecipada que funcionará como garantia, ou melhor, como reforço de que a obrigação futura será cumprida ou estabelecida. Vejamos o art. 420, do CC:
"Art. 417. Se, por ocasião da conclusão do contrato, uma parte der à outra, a título de arras, dinheiro ou outro bem móvel, deverão as arras, em caso de execução, ser restituídas ou computadas na prestação devida, se do mesmo gênero da principal."
Assim, se arras ou sinal for dado, então duas serão as consequências em caso de execução da obrigação firmada: se o sinal for do mesmo gênero da coisa dada, então será abatido no preço pactuado e será considerado como início de pagamento. Entretanto, se feito de forma diversa, será restituída, sem prejudicar a necessidade de pagamento da obrigação realizada (e.g. se um dono de apartamento deixa com um pintor 500 reais de entrada, como forma de garantir que a obrigação de pagar o serviço, que custava 2 mil reais, será cumprida, então será considerada como princípio de pagamento. Diversamente ocorre se o sinal for um relógio, por exemplo).
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