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Historia Direito Brasileiro

Segundo o historiador Marco Antonio Villa (A história das constituições brasileiras - 200 anos de luta contra o arbítrio, Editora Leya, 2011), não é acidental a presença do autoritarismo no Brasil, já que o país teria ¿nascido¿ com uma organização política claramente antidemocrática, consubstanciada no texto da constituição de 1824, ao mesmo tempo em que o poder nunca se reconheceu como arbitrário, ainda que o discurso liberal, tanto do imperador Pedro I, como de parte significativa das elites do Império, fosse constantemente contraditado pelas práticas repressivas e centralizadoras. Assim, no que se refere à carta constitucional de 1824, em relação à temática anteriormente exposta, é CORRETO afirmar que:
 
  Apesar da especificidade do liberalismo brasileiro, o princípio político da separação dos poderes adotado pela constituição imperial foi marcado pela isonomia entre eles, como exemplo, a completa autonomia do Poder Judicial frente aos demais poderes, uma vez que, tal como o Poder Legislativo, não sofria qualquer interferência por parte do Poder Executivo ou do Poder Moderador.
  A liberdade para o exercício de qualquer religião se constituiu em uma das mais claras expressões da ideologia liberal no Brasil do século XIX firmadas na constituição de 1824, isto porque, neste texto constitucional encontrava-se firmado caráter laico do Estado brasileiro, rompendo assim com o perfil confessional do Reino do Brasil instituído a partir de 1815, como uma das partes constitutivas do Império Português.
  O texto desta primeira carta constitucional brasileira firmava, pela primeira vez, na trajetória do constitucionalismo ocidental, todo um conjunto de direitos sociais e trabalhistas que contribuiriam, poderosamente, para a efetivação da abolição da escravidão, pouco tempo depois da emancipação política.
  A organização dos poderes do Estado Brasileiro, de acordo com a constituição monárquica, foi firmada sob a égide o Poder Moderador, cujo exercício cabia privativamente (ou seja, exclusivamente) ao imperador.
  Diferentemente das principais monarquias europeias da época que possuíam sistemas eleitorais restritivos, a carta constitucional de 1824 fixou o exercício do voto direto no Brasil para a escolha de deputados e senadores, para todos os homens maiores de 21 anos, excetuando-se os que fossem analfabetos e escravos.

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