qual é o entendimento dos Tribunais Superiores quando se trata da natureza Juridica do Sursis. Será este um direito subjetivo público do condenado, ou, tal instituto estraria a disposição do Juiz para aplica-lo ou não conforme o seu convencimento?
Conforme determina o art. 89, § 1º, da Lei 9.099/95, o magistrado submeterá o acusado às seguintes condições: a) reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; b) proibição de frequentar determinados lugares; c) proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz; d) comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. Vale lembrar que essas condições são obrigatórias e cumulativas.
Além disso, o § 2º do mesmo dispositivo autoriza o juiz a especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado.
Há um importante precedente do Superior Tribunal de Justiça, julgado em sede de recurso repetitivo, em que ficou decidido pela possibilidade de imposição de obrigações equivalentes a sanções penais para fins de concessão de sursis processual, destacada in verbis:
Não há óbice a que se estabeleçam, no prudente uso da faculdade judicial disposta no art. 89, § 2º, da Lei n. 9.099/1995, obrigações equivalentes, do ponto de vista prático, a sanções penais (tais como a prestação de serviços comunitários ou a prestação pecuniária), mas que, para os fins do sursis processual, se apresentam tão somente como condições para sua incidência [...].[17]
SANT'ANA, Priscyla Dantas. Suspensão condicional do processo à luz da jurisprudência dos Tribunais Superiores. Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 13 fev. 2017. Disponivel em: <http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.588357&seo=1>. Acesso em: 07 mar. 2018.
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Direito Penal e Processo Penal
•FALEG
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