Não! Ambas são facilmente confundidas, porém possuem pontos diferentes. Um deles, bastante discutido pelos doutrinadores, é o fato de que uma pessoa só pode ter capacidade jurídica se tiver personalidade jurídica, sendo a primeira um instituto que mede o grau de personalidade jurídica de uma pessoa. Ou seja, a capacidade possui três "níveis" (capacidade plena, relativamente e absolutamente incapaz) que correspondem à aptidão que uma pessoa tem para adquirir direitos e deveres.
Anderson, segundo Orlando Gomes, na obra Introdução ao Direito Civil (Editora Forense), para o direito moderno não há como diferenciar personalidade e capacidade de direito.E a própria Maria Helena Diniz também afirma isso, criando o sujeito de direito, que nada mais é que a junção de ambos.Mas lembre-se no que tange à capacidade de fato, quando falamos de tal capacidade, um indivíduo poder ter personalidade jurídica, mas não ter capacidade para pessoalmente realizar atos na ordem jurídica, artigo 3° (onde estes são representados) e artigo 4°(assistidos).
Anderson, realmente o que falei foi sobre a capacidade de exercício dos direitos.
Conforme o CC, "toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil". Porém, os níveis de capacidade que citei falam sobre o exercício dos direitos. Uma pessoa de 14 anos, por exemplo, é capaz de adquirir direitos (personalidade jurídica), assim como qualquer outra pessoa. Contudo, não os pode exercer, tendo em vista que, para o CC, ela é considerada absolutamente incapaz (art. 3º, I) (capacidade jurídica),pois não possui o discernimento necessário para "exercer pessoalmente os atos da vida civil".
Portanto, todos possuem personalidade jurídica e, consequentemente, capacidade jurídica, mas, quanto a esta, uns tem mais do que outros.
Espero que tenha tirado sua dúvida! :D
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