A farmacocinética é usada para descrever a absorção, distribuição, metabolismo e excreção de um composto. Embora estudos pré-clínicos requeiram a determinação de atividade in vitro e farmacocinética aceitáveis em pelo menos duas espécies animais, estudos farmacocinéticos devem ser realizados no homem para correlacionar as concentrações sanguíneas com efeitos biológicos particulares. É necessário adaptar as modificações para, eventualmente, obter medicamentos semissintéticos. Os estudos farmacocinéticos de produtos naturais são desafiadores porque envolvem tipicamente a administração de misturas complexas de substâncias, em muitos casos de componentes desconhecidos.
A farmacocinética pode ser reduzida a equações matemáticas, que determinam o trânsito da droga por todo o corpo, um balanço líquido da absorção e distribuição (in) ao metabolismo e excreção (out). Ao entender essas equações matemáticas, os profissionais são capazes de determinar a dosagem ideal para pacientes com mecanismos alterados ou alterados de absorção, metabolismo ou excreção resultantes de dieta, genética, ambiente, doença, alergia, comportamento e outras drogas.
Farmacodinâmica é o estudo da relação entre a concentração de fármaco no local de ação e o efeito bioquímico e fisiológico. A resposta do receptor pode ser afetada pela presença de drogas competindo pelo mesmo receptor, o estado funcional do receptor ou fatores fisiopatológicos, como a hipocalemia.
A variabilidade interindividual na farmacodinâmica pode ser genética ou refletir o desenvolvimento de tolerância ao fármaco com exposição continuada. A alta variabilidade farmacodinâmica limita severamente a utilidade do monitoramento das concentrações do fármaco, pois é provável que forneça uma indicação ruim da eficácia da terapia.
A farmacocinética consiste no estudo do caminho que o medicamento vai fazer a partir do momento em que é administrado até ser eliminado, passando por processos de absorção, distribuição, metabolismo e excreção. Neste caminho, o medicamento vai encontrar um local de ligação.
A absorção consiste na passagem do medicamento do local onde é administrado, para a circulação sanguínea. A administração pode ser feita via enteral, o que significa que o remédio é ingerido através da via oral, sublingual ou via retal, ou parenteral, o que significa que o remédio é administrado via intravenosa, subcutânea, intradérmica ou intramuscular.
A distribuição consiste no caminho que o medicamento faz depois de atravessar a barreira do epitélio do intestino para a corrente sanguínea, podendo estar na forma livre, ou ligado às proteínas plasmáticas, podendo depois atingir vários locais:
Quando um medicamento se liga às proteínas plasmáticas não consegue atravessar a barreira para atingir o tecido e exercer ação terapêutica, por isso um medicamento que tenha alta afinidade para estas proteínas, vai ter uma menor distribuição e metabolismo. No entanto, o tempo de permanência no organismo vai ser maior, porque a substância ativa demora mais tempo a chegar ao local de ação e a ser eliminado.
O metabolismo ocorre em grande parte no fígado, podendo acontecer o seguinte:
O metabolismo de medicamentos também pode ocorrer com menos frequência nos pulmões, rins e glândulas adrenais.
A excreção consiste na eliminação do composto através de várias estruturas, principalmente no rim, em que a eliminação se faz pela urina. Além disso, os metabólitos também podem ser eliminados através de outras estruturas como o intestino, através das fezes, o pulmão caso sejam voláteis, e a pele através do suor, leite materno ou lágrimas.
Vários fatores podem interferir com a farmacocinética como a idade, sexo, peso corporal, doenças e disfunção de certos órgãos ou hábitos como fumar e beber álcool, por exemplo.
A farmacodinâmica consiste no estudo da interação dos fármacos com os seus recetores, onde exercem o seu mecanismo de ação, produzindo um efeito terapêutico.
Os locais de ação são os locais onde as substâncias endógenas, que são substâncias produzidas pelo organismo, ou exógenas, que é o caso dos medicamentos, interagem para produzir uma resposta farmacológica. Os principais alvos para a ação das substâncias ativas são os recetores onde se costumam ligar substâncias endógenas, canais iônicos, transportadores, enzimas e proteínas estruturais.
O mecanismo de ação é a interação química que uma determinada substância ativa exerce com o recetor produzindo uma resposta terapêutica.
O efeito terapêutico é o efeito benéfico e desejado que o medicamento provoca no organismo quando administrado.
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