Os princípios, como ensina Humberto Ávila, são normas que indicam um estado ideal a ser alcançado.
Com isso em mente, entendo que a riqueza principiológica da CF/88 concede ao intérprete e ao próprio legislador uma ampla gama de valores que devem ser considerados na operação do direito. Dessa forma, se preservados os valores eivados pelo constituinte a princípios constitucionais, também será preservado a base ideológica que fundamenta a Constituição.
O plurismo, enquanto fundamento da República, encontra seu berço de legitimidade logo no art. 1º, V, da Constituição Federal:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Daí se depreende que o constituinte originário se baseou na multiplicidade principiológica como instrumento garantidor da estabilidade do Estado democrático, da higidez constitucional e da harmonia e do respeito entre as mais variadas vertentes sociais, em busca do desenvolvimento e do bem comum, evitando-se assim qualquer forma de concentração de poder em determinada figura ou instituição.
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