Depois de publicada a sentença o juiz não poderá alterá-la. Há, contudo, algumas exceções previstas em lei para a irretratabilidade da sentença.

CPC/2015, Art. 494. Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la:

I – para corrigir-lhe, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais ou erros de cálculo;

II – por meio de embargos de declaração.

O Novo CPC manteve, em seu art. 494, a regra da inalterabilidade da sentença. Conservou também a retratação da sentença que indefere a petição inicial em seu art. 331 e daquela que julgar a improcedência liminar do pedido, conforme disposto no art. 332. A inovação no rol de hipóteses de retratação de decisão, após interposição de recurso de apelação, está disposta no art.485, que ilustra as sentenças de extinção do processo sem resolução de mérito.

São elas, portanto:

- quando o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;

- quando o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias, por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir;

- quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; -

- quando se reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;

- quando se verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;

- quando for acolhida a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;

- quando for homologada a desistência da ação;

- quando, em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e,

- nos demais casos prescritos no Código.

Dispõe, por fim, o parágrafo 7º do aludido artigo:

Art. 485, § 7º Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se.