Tendo havido uma discussão em um bar, verificou-se que Paulo Luís, desmotivadamente, deu um soco na face de João, com quem discutia. Esse, então, revidou a agressão que estava recebendo com um outro soco em Paulo, que caiu ao chão, desnorteado. João, passou a chutar Paulo violentamente, embora ele não estivesse mais agredindo-o. Paulo, ao recobrar-se, segundos depois da queda, conseguiu sacar o revólver que trazia consigo e desferiu, do chão, um único disparo em João, acertando-o no tórax. João, ferido e assustado, cessou os chutes, afastando-se rapidamente. A seguir, Paulo se levantou, com a arma em punho, e foi-se embora. Dois dias depois João morreu no hospital, em virtude dos ferimentos provocados pelo disparo que sofreu. Processado criminalmente por homicídio, Paulo alega ter agido em legítima defesa. Pergunta-se: Procede a alegação de legítima defesa?
Questão meio complicada. Perceba que os dois sujeitos excederam na legítima defesa. Um após revidar o soco continuou a chutar o elemento. Após isso esse elemento sacou uma arma e disparou enquando o sujeito apenas o chutava. A doutrina é muita clara quando diz que a legítima defesa se configura apenas quando usamos de força proporcional e apenas para afastar o perigo eminente. Outro detalhe é que paulo após atirar se levantou e foi embora, nesse ponto ele apenas afastou o perigo, está dentro da legítima defesa. Porém usou de força desproporcional. Este caso é interessante, pode se discutir muito a respeito, todavia ao meu ver, pelo uso desproporcional da arma de fogo, não se configura legítima defesa.
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