Prazos de Protestos Empresarial

A resposta tem que ser dividida em duas:

1. Protesto para conservação do direito de regresso contra os coobrigados indiretos:

a) letra de câmbio e nota promissória: devem ser protestadas no primeiro dia útil que se seguir ao do vencimento (Decreto nº 2.044/1908, arts. 28 e 32). Existem autores, contudo, que entendem que o prazo é o de dois dias úteis após o vencimento, de acordo com a Lei Uniforme de Genebra (Anexo I do Decreto nº 57.663/1966, art. 44, 3º alínea e art. 53).

b) duplicata: deve ser protestada no prazo de 30 dias, a contar do vencimento (Lei nº 5,474/1968, art. 13, § 4º).

c) cheque: não há necessidade do protesto, apenas da apresentação ao banco no prazo de 30 dias (para cheques emitidos na praça de pagamento) ou de 60 dias (para cheques emitidos fora da praça de pagamento), nos termos dos arts. 33 e 47, II, da Lei nº 7.357/1985.

2. Protesto usado para interromper a prescrição do título, em relação a seu devedor principal (Código Civil, art. 202, III:

a) letra de câmbio e nota promissória: 3 anos, a contar do vencimento (Decreto nº 57.663/1966, art. 70, 1ª alínea).

b) duplicata: 3 anos, a contar do vencimento (Lei nº 5,474/1968, art. 18, I).

c) cheque: 6 meses, a contar do prazo de apresentação de 30 ou 60 dias (Lei nº 7.357/1985, arts. 33, 47 e 59).

Conforme o artigo 206, §3º, VIII, do Código de Processo Civil, a pretensão para haver pagamentos referente a títulos de créditos é de 3 anos, a contar do vencimento. A jurisprudência brasileira tem firmado entendimento de que prescrito o título não poderá ser protestado.

Quanto aos cheques, a Lei 7.357/85 define que o prazo prescricional do protesto é de 30 dias, caso seja realizado no local de pagamento, ou de 60 dias, caso ocorra em outro estado do Brasil ou exterior.