Elaboração de Síntese sobre o vídeo “DUCUMENTÁRIO JUSTIÇA”.
O referido documentário relata casos ocorridos dentro do tribunal de justiça do Rio de Janeiro. Mostrando as justiças e injustiças ocorridas em vários casos. Durante alguns dias, câmeras colocadas nas salas de audiência e nos sistemas prisionais do Rio de Janeiro, relatam fatos do cotidiano.
No primeiro caso, um cidadão com mobilidade reduzida foi preso pelo polícia militar acusado de praticar roubos, inclusive com a acusação de ter pulado um muro para fugir dos policiais. Nesse caso há apenas o relato dos policiais, sem testemunhas e sem provas. Além disso, a justiça não concede ao preso o benefício de ir para um hospital, pois na sela onde ele está detido não tem espaço o suficiente para que ele possa se locomover com sua cadeira de rodas, além do que, para poder fazer suas necessidades e também poder tomar banho, o detento tem que se arrastar pelo chão em meio à urina e fezes de outros detentos.
No segundo caso, homem é detido por estar conduzindo um veículo produto de roubo. O alegando informa em juízo não saber que o veículo era de procedência ilícita, alegando ainda que o veículo era de um amigo que mora na mesma comunidade onde reside. O denunciado inclusive solicita responder ao crime em liberdade, solicitação essa negada pela magistrada, tendo em vista que o acusando já foi condenado por posse de entorpecentes e pelo crime de roubo. Durante o julgamento, a magistrada percebe um erro grave. Segundo uma das testemunhas havia entorpecentes no local dos fatos, mas nos autos do processo, não consta a apreensão de entorpecentes.
No terceiro caso, duas pessoas são acusadas pelo porte de entorpecentes e portando armas de fogo. Tendo ambos sido detidos pelo polícia e encaminhados ao sistema prisional. Um dos acusados alega que estava na rua soltando pipa e segundo o magistrado, uma das formas de avisar aos traficantes a presença da polícia é através de fogos ou soltar pipa. O policial que efetuou a prisão declara em juízo que efetuou a prisão pois os dois acusados estavam em local conhecido pelo tráfico de drogas. Após ouvir diversas testemunhas bem como parentes dos denunciados, os mesmos são encaminhados de volta para a detenção para aguardar uma decisão judicial. Após ouvir todas as testemunhas, a justiça o condena a 4 anos de reclusão, sendo essa pena convertida em serviços comunitários.
No quarto caso, um homem é acusado de furto pela 5ª vez, e alega que confessou o crime sob tortura na delegacia. O detido é acusado de furto de um aparelho celular ocorrido dentro de uma igreja onde a vítima participada do velório de um ente que acabara de falecer. Inacreditavelmente, o acusado reclama com a magistrada por não receber visitas e que o local onde está detido não fornecem jantar, apenas um sanduiche e suco.
Com uma média de julgamento de dez casos por dia, nesse documentário é fácil perceber que tudo tem que ser feito com rapidez e frieza, fazendo os magistrados inclusive deixarem “abandonarem” seu lado humano para poder dar conta de todos os processos que surgem diariamente nos fóruns do Brasil inteiro.
Durante o documentário, inclusive é apresentado as condições sub humanas em que os detentos são tratados. Com celas super lotadas, onde não há camas para todos, alguns detentos são obrigados a dormir e se acomodarem no chão das celas. Com isso, a chance de recuperação dessas pessoas para voltar ao convívio e reintegração à sociedade é praticamente nulo.
A super lotação ocorre também durante os horários de visita, ou seja, o sistema prisional está saturado, bem como o sistema jurídico.
O documentário exibe também o cotidiano de dois magistrados e de uma defensora pública, bem como o cotidiano de violência que está instalado não só no Rio de Janeiro, mas também pelo Brasil inteiro. Além de exibir o grande problema de toda a sociedade, crianças pedindo esmolas nos semáforos das cidades.
Ao final, o documentário nos mostra que o sistema prisional no brasil não funciona como deveria. Nos mostra também que nosso sistema judiciário necessita urgentemente de uma reforma.
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