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Os oitos estágios

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Gabriel Vieira Cruz

Os oito estágios de Erik Erikson

Quando se fala hoje em “crise da adolescência” ou “crise de identidade”, estamos nos referindo à teoria psicossocial de Erik Erikson, muitas vezes sem termos consciência disso, devido ao fato de terem se tornado conceitos praticamente de senso comum. Mas é a esse neufreudiano alemão, naturalizado americano, que devemos tais conceituações.

Ao nos fixarmos apenas à famosa “crise da adolescência”, entretanto, não estamos fazendo jus à proposta de Erikson. Para ele, todos os oito estágios do desenvolvimento contêm suas próprias crises, cujos resultados são carregados para o estágio posterior. Conheça todos eles – com suas características fundamentais – segundo a teoria psicossocial:

  1. Confiança X  Desconfiança (até um ano de idade)

Nessa fase de crucial de dependência dos cuidados maternos ou de outras pessoas cuidadoras, a criança oscila entre esses dois polos, o da confiança e o da desconfiança. O desenvolvimento ocorrerá de forma equilibrada se a criança se sentir segura com relação à atenção externa e ao afeto e, assim, adquirir confiança nas pessoas e no mundo.

  1. Autonomia X Vergonha e Dúvida (de dois a três anos)

Neste estágio, a criança passa a ter controle de suas necessidades fisiológicas e a responder pela higiene pessoal, o que dá a ela grande autonomia, confiança e liberdade para tentar novas coisas sem medo de errar. Se, no entanto, for cerceada e criticada, desenvolverá a dúvida quanto à própria capacidade de autonomia. Essa crise pode, então, provocar um retrocesso ao estágio anterior, o da dependência.

  1. Iniciativa X Culpa (de quatro a cinco anos)

Durante esta fase, a criança passa a perceber as diferenças sexuais, os papéis desempenhados por mulheres e homens na sua cultura (conflito edipiano para Freud) entendendo de forma diferente o mundo que a cerca. Se essa curiosidade “sexual” e intelectual, natural do período, for reprimida ou castigada, a criança poderá desenvolver sentimento de culpa e, assim, desestimulara iniciativa de explorar situações novas ou de buscar novos conhecimentos.

  1. Construtividade X Inferioridade (dos seis aos 11 anos)

Esta é a fase da alfabetização. Ao passar a frequentar a escola, a criança depara-se com o convívio com pessoas diferentes de seus familiares, o que exigirá maior sociabilização, trabalho em conjunto e cooperativo, bem como outras habilidades fundamentais na socialização. Caso tenha dificuldades para tal adequação, vivenciando críticas do novo, a criança pode passar a viver a inferioridade, ao invés da construtividade.

  1. Identidade X Confusão de Papéis (dos 12 aos 18 anos)

O quinto estágio da teoria psicossocial de Erik Erikson centraliza a crise psicossocial, a famosa “crise da adolescência” diante do conflito da própria identidade e da confusão dos papéis na sociedade. É bom ressaltar que, para o neofreudiano, o termo “crise” não possui o significado dramático da acepção mais comum. Trata-se tão somente de algo pontual e localizado em polos positivos e negativos.

  1. Intimidade X Isolamento (dos 19 aos 25 anos)

Aqui gravitam dois interesses, o pelo mundo profissional e pela construção de relações profundas e duradouras, que podem conduzir à vivência de grande intimidade e entrega afetiva. Se houver uma decepção diante dessa entrega, a tendência poderá levar a um isolamento temporário ou mesmo duradouro.

  1. Produtividade X Estagnação  (dos 26 aos 40 anos)

A crise desse estágio, segundo a teoria psicossocial de Erik Erikson, ocorrerá entre esses dois polos. O indivíduo poderá voltar-se para a realização de grandes contribuições à sociedade a sua volta, ou simplesmente dedicar-se ao próprio conforto físico e material. Isso significa produzir ou estagnar-se.

  1. Integridade X Desesperança (após os 41 anos)

Sem delimitações, o período de desenvolvimento individual da personalidade vivenciado a partir dos 41 anos, caracteriza-se pelo sentimento de produtividade e valorização do que foi vivido. Se não houver arrependimentos em relação a oportunidades perdidas ou erros cometidos, o envelhecimento poderá consolidar-se sob o signo da integridade e dos ganhos. Ao contrário, poderá ocorrer em um cenário de tempo perdido e de impossibilidade de recomeçar, ou seja, o cenário será de tristeza e desencanto.

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