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como diferenciar meios e recursos de ensino

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Georgia Garcia

Recursos de ensino são componentes do ambiente da aprendizagem que dão origem à estimulação para o aluno que, quando usados de maneira adequada, colaboram para: motivar e despertar o interesse; favorecer o desenvolvimento da capacidade de observação; aproximar o aluno da realidade; visualizar ou concretizar os conteúdos da aprendizagem; permitir a fixação da aprendizagem; ilustrar noções abstratas e desenvolver a experiência concreta. (Piletti, 2000).
Segundo Piaget e Vygotsky (1996), o conhecimento não procede apenas da experiência única dos objetos e nem de uma programação inata do sujeito, mas são resultados tanto da relação recíproca do sujeito com seu meio, quanto das articulações e desarticulações do sujeito com seu objeto. Dessas interações surgem construções cognitivas sucessivas, capazes de produzir novas estruturas em um processo contínuo e incessante. Dessa forma podemos destacar que quanto à importância da utilização dos recursos em sala de aula é importante salientar que:

Aprendemos:
1% através do gosto;
1,5 % através do tato;
3,5% através do olfato;
11% através da audição;
83% através da visão.

 

Retemos:
10% do que lemos;
20% do que escutamos;
30% do vemos;
50% do que vemos e escutamos;
70% do que ouvimos e logo discutimos;
90% do que ouvimos e logo realizamos.


Classificação dos Recursos de Ensino 
Não há uma classificação exata dos recursos, tradicionalmente eles são divididos em:

 

Recursos visuais: impressionam apenas o sentido da visão e incluem quadro de giz, quadro magnético, quadro mural, flanelógrafo, diapositivos (slides), transparências e outros recursos visuais tais como ilustrações, gravuras, fotografias, desenhos e símbolos visuais.
Recursos auditivos: Impressionam o sentido da audição, incluindo fitas de áudio, discos e símbolos verbais.
Recursos audiovisuais: impressionam os dois sentidos acima referidos e incluem filmes sonoros e monitores de vídeo.
Recursos múltiplos: impressionam também os outros sentidos dos alunos, onde se incluem as experiências que colocam os interessados em contato com fatos reais ou simulados.

Critérios e Princípios para utilização dos Recursos de Ensino
Não precisamos nos aventurar em procurar recursos complicados que nem mesmo sabemos como utilizá-lo, mesmo por que o uso de recursos audiovisuais não garante a eficiência do processo ensino-aprendizagem, se os mesmos se limitam a tentativas de introdução de novidades, sem compromisso com a inteligência do ser que aprende. Mas isto não impede que a união entre todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem, se unam para incrementar as aulas tantas vezes cansativas e sem nenhum atrativo. Para que os recursos de ensino realmente colaborem no sentido de melhorar a aprendizagem, na sua utilização devem ser observados alguns critérios e princípios:

 

  • Ao selecionar um recurso de ensino deve-se ter em vista os objetivos a serem alcançados. Nunca se deve utilizar um recurso de ensino só porque está na moda;

  • Nunca se deve utilizar um recurso que não seja conhecido suficientemente de forma a poder empregá-lo corretamente;

  • A eficácia dos recursos dependerá da interação entre eles e os alunos. Por isso, devemos estimular nos alunos certos comportamentos que aumentam a sua receptividade, tais como a atenção, a percepção, o interesse, a sua participação ativa, etc;

  • A eficácia depende também das características dos próprios recursos com relação às funções que podem exercer no processo da aprendizagem. A função de um cartaz, por exemplo, é diferente da do álbum seriado;

  • Na escolha dos recursos deve-se levar em conta a natureza da matéria ensinada. Algumas matérias exigem maior utilização de recursos audiovisuais que outras. Ciências, por exemplo, exige mais audiovisuais do que matemática;

  • As condições ambientais podem facilitar ou, ao contrário, dificultar a utilização de certos recursos. A inexistência de tomadas de energia elétrica, por exemplo, exclui a possibilidade de utilização de retroprojetor, projetor de slides ou de filmes;

  • O tempo disponível é outro elemento importante que deve ser considerado. A preparação e utilização dos recursos exigem determinado tempo e, muitas vezes, o professor não dispõe desse tempo. Então deverá buscar outras alternativas, tais como: utilizar recursos que exigem menos tempo, solicitar a ajuda dos alunos para preparar os recurso, solicitar a ajuda de outros profissionais, etc.

Referências:

Carvalho, Mauro Giffoni. Piaget e Vygotsky: As Contribuições do Interacionismo. In: Dois Pontos (Rev). Belo Horizonte: Pitágors, 1996 n. 24 p. 26-27.
PILETTI, Claudino. Didática geral. 23ed. São Paulo: Ática, 2000. 258p.
SAVIANI, D. As Teorias da Educação e o Problema da Marginalidade na América Latina - Caderno de Pesquisa. São Paulo: Fundação Carlos Chagas, 1982.

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