A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI ou ADIn) é um instrumento utilizado no chamado controle direto da constitucionalidade das leis e atos normativos, exercido perante o STF.
Pode ser ajuizada, em nível federal, perante o STF, contra leis ou atos normativos federais ou estaduais que contrariem a Constituição Federal. É conhecida doutrinariamente como ADIn Genérica.
A decisão proferida em ação direta de inconstitucionalidade alcança quem não participou do processo onde ela foi proferida. A isso a doutrina denomina de efeito erga omnes.
Possui efeitos retroativos, ou seja, ex tunc
A Ação Direta de Inconstitucionalidade é uma ação de controle concentrado, ou seja, seu processo e julgamento ocorre no Supremo Tribunal Federal (art. 102, I, a, CF). O objetivo da ADI é submeter leis ou atos normativos federais ou estaduais ao controle do STF para que esse órgão declare, se assim entender, a inconstitucionalidade da norma.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;
Os legitimados para a ADI (pessoas que podem propor a ação) estão elencados nos incisos do art. 103, CF:
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
A decisão do Supremo em sede de ADI tem eficácia erga omnes e efeito vinculante (art. 102, §2º, CF), ou seja, aplica-se não somente às partes envolvidas, mas a todos, e deve ser obrigatoriamente respeitada e seguida pelos demais juízes e pela administração pública.
Art. 102. (...)
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
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Direito Constitucional I
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