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Acerca dos Princípios Norteadores, Garantidores e Limitadores Do Direito Penal, marque a alternativa correta: Quem falsifica determinado documento exclusivamente para o fim de praticar um único estelionato responderá pelos dois delitos, o de falsificação de documento e o de estelionato. Segundo o princípio da ofensividade, no direito penal somente se consideram típicas as condutas que tenham certa relevância social, pois as consideradas socialmente adequadas não podem constituir delitos e, por isso, não se revestem de tipicidade. Ainda que seja a nota falsificada de pequeno valor, descabe, em princípio, aplicar ao crime de moeda falsa o princípio da insignificância, pois, tratando-se de delito contra a fé pública, é inviável a afirmação do desinteresse estatal na sua repressão. Acerca da jurisprudência do STJ quanto ao princípio da insignificância, se aplica o referido princípio às condutas judicialmente reconhecidas como ímprobas, pois existe ofensa insignificante ao princípio da moralidade. Segundo o STJ, no caso de crime de falsificação de moeda, a norma penal não busca resguardar somente o aspecto patrimonial, mas também, e principalmente, a moral administrativa, que se vê flagrantemente abalada com a circulação de moeda falsa. No entanto, a pequena quantidade de notas ou o pequeno valor de seu somatório é suficiente para quantificar como pequeno o prejuízo advindo do ilícito perpetrado, a ponto de caracterizar a mínima ofensividade da conduta para fins de exclusão de sua tipicidade.

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Estudante PD

Acerca dos Princípios Norteadores, Garantidores e Limitadores Do Direito Penal, marque a alternativa correta:

A - Quem falsifica determinado documento exclusivamente para o fim de praticar um único estelionato responderá pelos dois delitos, o de falsificação de documento e o de estelionato.  Errado, pelo princípio da consunção responderá apenas pelo estelionato conforme a súmula 17 do Superior Tribunal de Justiça: Quando o falso se exaure no estelionatosem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido.

B - Segundo o princípio da ofensividade, no direito penal somente se consideram típicas as condutas que tenham certa relevância social, pois as consideradas socialmente adequadas não podem constituir delitos e, por isso, não se revestem de tipicidade.  Errado, seria princípio da insignificância. 

 c - Ainda que seja a nota falsificada de pequeno valor, descabe, em princípio, aplicar ao crime de moeda falsa o princípio da insignificância, pois, tratando-se de delito contra a fé pública, é inviável a afirmação do desinteresse estatal na sua repressão. Certo. Nesse caso não se aplica o princípio da insignificância, pois não há o preenchimento dos requisitos estabelecidos pelo Supremo Tribunal Federal para ser considerado crime de bagatela (crime insignificante) Os requisitos são: 1 - a mínima ofensividade da conduta do agente; 2 - a nenhuma periculosidade social da ação;  3 -  o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento;  4 - a inexpressividade da lesão jurídica provocada. O entendimento da não aplicação do princípio da insignificância no crime de moeda falsa também é pacífico no Superior Tribunal de Justiça: 

PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO PRÓPRIO.
INADEQUAÇÃO. TRANCAMENTO. ACÓRDÃO CONDENATÓRIO PROFERIDO NOS AUTOS.
ABSOLVIÇÃO. NECESSIDADE DE REVOLVIMENTO FÁTICO-PROBATÓRIO.
IMPROPRIEDADE DA VIA DO MANDAMUS. WRIT NÃO CONHECIDO.

1. Esta Corte e o Supremo Tribunal Federal pacificaram orientação no sentido de que não cabe habeas corpus substitutivo do recurso legalmente previsto para a hipótese, impondo-se o não conhecimento da impetração, salvo quando constatada a existência de flagrante ilegalidade no ato judicial impugnado.

2. Descabe falar em trancamento por falta de justa causa para o exercício da ação penal após a superveniência de acórdão condenatório nos autos do processo-crime.

3. Quanto ao restabelecimento da sentença absolutória proferida nos autos, o habeas corpus não se presta para a apreciação de alegações que buscam a absolvição do paciente, em virtude da necessidade de revolvimento do conjunto fático-probatório, o que é inviável na via eleita.

4. Se o Tribunal de origem, mediante valoração do acervo probatório produzido nos autos, entendeu, de forma fundamentada, ser o réu autor dos delitos descritos na exordial acusatória, a análise das alegações concernentes ao pleito de absolvição demandaria exame detido de provas, inviável em sede de writ.
5. Não se cogita a aplicação do princípio da insignificância ao crimes de moeda falsa, pois o bem jurídico protegido de forma principal é a fé pública, ou seja, a segurança da sociedade, sendo irrelevante o número de notas, o seu valor ou o número de lesados.
6. Nos termos da jurisprudência desta Corte, "o Ministério Público, ao emitir parecer como custos legis, não se transmuda em parte da relação processual, razão pela qual não vincula o julgador ante a natureza opinativa da manifestação ministerial, sob pena de violar a própria imparcialidade do juiz, não havendo falar-se em ofensa ao sistema acusatório" (AgRg no HC 374.643/SP, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 20/02/2018, DJe 26/02/2018).
7. Writ não conhecido.
(HC 439.958/SP, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 26/06/2018, DJe 01/08/2018)

 

d - Acerca da jurisprudência do STJ quanto ao princípio da insignificância, se aplica o referido princípio às condutas judicialmente reconhecidas como ímprobas, pois existe ofensa insignificante ao princípio da moralidade.  errado - não se aplica o princípio da insignificância.

e - Segundo o STJ, no caso de crime de falsificação de moeda, a norma penal não busca resguardar somente o aspecto patrimonial, mas também, e principalmente, a moral administrativa, que se vê flagrantemente abalada com a circulação de moeda falsa. No entanto, a pequena quantidade de notas ou o pequeno valor de seu somatório é suficiente para quantificar como pequeno o prejuízo advindo do ilícito perpetrado, a ponto de caracterizar a mínima ofensividade da conduta para fins de exclusão de sua tipicidade. Errado - não se aplica o princípio da insignificância no crime de moeda falsa. 

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jhenifer caroline

a segunda alternativa está correta

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