A forma exerce, portanto, uma função de destaque no que concerne à demarcação da conduta dos sujeitos processuais[4]. Tamanha é a sua importância ao processo que - conforme Cândido Rangel Dinamarco adverte, justamente um dos pais da moderna teoria da instrumentalidade - “jamais poderá postular o exagerado desapego às formas porque isso importaria criar situações perigosas para os litigantes, com risco de injustiça”[5]. Somente o formalismo imprime ao processo a noção de organização, evitando a desordem que adviria se não houvesse regras, conferindo-se assim uma maior previsibilidade quanto às consequências decorrentes da prática de cada ato[6].
O processo formalizado cumpre melhor o seu papel de proteção de todos os que nele atuam, sendo que essa proteção não se circunscreve tão-somente contra o arbítrio proveniente do juiz, mas também em relação ao abuso das próprias partes. Como adverte Antonio do Passo Cabral, a “arbitrariedade nem sempre advém dos órgãos do Estado! Ao mesmo tempo em que previne o tratamento desigual do julgador, a formalidade evita os excessos de uma parte em relação à outra, atuando como fator de isonomia e paridade também entre os contendores”[7].
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Direito Processual Civil e Direito Civil
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