A caracterização de um texto como literário está ligada a sua significação que tem como objetivo causar emoções ao leitor, não só isso mas também, estabelecer uma linguagem que se adéque a um determinado contexto, seja ele histórico ou artístico por exemplo e passar a idéia do autor muitas das vezes ligada a subjetividade. Em muitos dos textos literários se constata a função emotiva e poética, em muitos dos casos segue uma linha estética, por exemplo um soneto.
A produção de um texto literário implica na valorização da forma, que caracteriza-se por um cuidado especial com a forma, visando a exploração de recursos (rimas e versos) que o sistema linguístico oferece. Não é o tema (não é o que se diz, e sim como se diz), mas sim a maneira como ele é explorado formalmente que vai caracterizar um texto literário.
O texto literário pode abordar a reflexão sobre o real, podendo recriar a realidade, reordenando-a. Pode ser de caráter ficcional, interpretando a realidade afetiva, de maneira indireta recriando o real em um plano imaginário.
Esse tipo de texto nos permite a recriação da linguagem, ou seja, sua desautomatização (elaborada, trabalha e articulada). Seu uso estético pressupõe criar novas relações entre as palavras, combinando-as de maneira inusitada, singular, revelando assim novas formas de ver o mundo.
A plurissignificação diz respeito as atividades de recriação. No texto literário se utiliza um grande número de metáforas e metonímias, com o objetivo de despertar no leitor o prazer estético.
Também presente no texto literário é a intangibilidade, ou seja, sua intocabilidade. As palavras que foram utilizadas e a maneira escolhida pelo autor para combina-las são próprias de cada texto e não devemos altera-las sob o risco de mutilar ou comprometer a intenção do autor.
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