Literatura é o uso diferenciado da linguagem: A noção de literariedade, caracteriza a literatura como sendo, portadora de propriedades organizacionais da linguagem. De acordo com esse pensamento, a literatura caracteriza-se pelo fato de utilizar as palavras de forma diferente daquela utilizada na fala corrente.
Nesse sentido, o movimento conhecido como “formalismo russo”, formado por jovens linguistas e poetas em Moscou e Leningrado no século XX procurou delimitar tal objeto. Um de seus representantes, Roman Jakobson, postulou que a literatura seria aquilo que transforma e intensifica a linguagem cotidiana e a ciência literária deveria voltar-se para o estudo “não da literatura, mas da ‘literariedade’ (literaturnost).
Desde então discute-se quais aspectos caracterizariam a literariedade de uma obra. Uma vez que a linguagem é um dos aspectos mais complexos da vida humana e não-humana, pode-se imaginar a dificuldade em tal caracterização. Se focarmos nas proposições de Jakobson, de onde derivam desdobramentos fundamentais para a teoria literária até hoje, podemos apreender que a literariedade atrela-se antes ao emprego peculiar da linguagem, afastando-se de uma instrumentalidade, do que ao fato de ser ficcional ou imaginativa
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