Suicídio realizado no horário de trabalho pode ser considerado acidente do trabalho?

Com certeza sim. O empregado é elemento fundamental da caracterização da empresa, portanto, a empresa deve contar com um corpo técnico para avaliar as condições fisicas e psicológicas dos empregados. É de total responsabilidade do empresário agir de acordo com a ordem moral e se responsabilizar por esse ato que, no entanto, se o empregado estivesse sendo assistido por um profissional capacitado, o tal ato poderia ser evitado. Acredito que se submeter a um trabalho que não conte com uma assistência de direitos inerentes a pessoa humana não se pode qualificá-lo como uma oferta digna. No caso do suicído pode-se considerar por uma hipótese, que ocorreu a perda de uma chance, o empregado, por falta de assistência profissional que deveria ser oferecida pelo empregador, por uma determinada depressão ou motivo desconhecido, perdeu a chance de se recuperar com um tratamento profissional, e no contexto suícidou-se. Isso não seginifica que se ele seguisse um acompanhamento ele não se suicidaria, mas pelo menos ele teve a chance de ser assistido. Ainda mais a fundo na questão, suicidado no trabalho ou em casa, a questão de querer abdicar-se da sua própria vida é algo que deveria ser filtrado no local onde ele exerce a maior atividade que dignifica o homem, o seu trabalho, ali ele não é só, ele é parte de um corpo, deve ser importante para o corpo da empresa que trabalha. Somando essa análise com a Teoria do suícidio, o mesmo é considerado crime (embora em certos casos não se pode enquadrar um culpado), portanto o suicídio deve ser evitado por qualquer um que queira ou saiba de de alguem que queira suícidar-se. Concluí-se então que o suícidio cometido pelo empregado no local de serviço é sem dúvida um acidente de trabalho e é algo que pode ser investigado alem da falta da oferta de um acompanhamento profissional, e caminhar pela odiosa estrada do assédio moral, abuso de autoridade, coação, violência e demais ações que se associam com frequência com o grau de necessidade que o empegado tem em se manter com o determinado emprego por necessidades financeiras e e falta de opção no mercado de trabalho.