Na Antropologia, o pluralismo juridico é visto como pressuposto da existencia de mais de um direito ou ordem normativa no mesmo territorio geografico. Com o avanço das teses do positivismo juridico, o pluralismo perdeu força e ficou praticamente esquecido. No entanto, a partir do sec XX, retornou com vigor para constituir tema da antropologia juridica.
O modelo juridico que encontramos em algumas favelas do Rio de Janeiro, representam traços de um movimento que parece ser mais amplo, e de uma administração judiciaria paralela ou alternativa à administração estatal. (No Rio, algumas associaçoes de moradores de favela passaram a assumir funçoes nem sempre previstas diretamente nos seus estatutos, como, por exemplo, arbitrar em conflitos entre vizinhos; e, dessa maneira, transformou-se num forum juridico).
Esse modelo "marginal" tem inspirado reformas no ambito do direito estatal, principalmente com os tribunais de pequenas causas e a aplicação das denominadas penas alternativas.
O direito da favela representa a pratica de uma legalidade alternativa, e, como tal, um exercicio alternativo do poder politico. Representa uma tentativa para neutralizar os efeitos da aplicação do direito capitalista de propriedade no seio da favela.
Esse modelo alternativo de administração da justiça torna, em geral, a saolução dos conflitos, bem mais rapidos, baratos e acessiveis.
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Antropologia e Sociologia Jurídica
•UNIP
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