Direito de família
O regime de comunhão parcial de bens é o regime estipulado aos casais que não houverem explicitado a escolha do regime ou quando a escolha tenha sido nula ou ineficaz (art. 1.640 do CC).
O Código Civil vigente disciplina quatro regimes matrimoniais, a saber: comunhão parcial de bens (arts. 1.658 a 1.666); comunhão universal (arts. 1.667 a 1.671); participação final nos aquestos (arts. 1.672 a 1.686); e separação de bens (arts. 1.687 e 1.688). No caso da adoção destes três últimos regimes far-se-á mediante pacto antenupcial, por meio de escritura pública. Todavia, no silêncio das partes, ou sendo nula ou ineficaz a convenção, a teor do art. 1.640 do CC/02, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial de bens, denominado regime oficial, legal ou supletivo de bens.
Em que pese o sentido de regime matrimonial como o regramento aplicável à sociedade conjugal no âmbito de seus interesses patrimoniais, o regime da comunhão parcial de bens é considerado o comum por ser o adotado pela grande maioria dos nubentes no Brasil onde o pacto ainda é uma exceção (art. 1.640); e ainda de regime legal ou supletivo por ser o que supre outro regime eventualmente invalidado, substituindo-o pelo da comunhão parcial por opção do legislador. Eventual defeito que invalide pacto antenupcial não afeta o casamento que é mantido incólume.
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