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resumo de "o caso dos denunciantes invejosos"

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Bruna Santos

O Caso dos Denunciantes Invejosos apresenta a situação de um país que, durante muito tempo, viveu sob o regime pacífico, constitucional e democrático.

Porém, após algum tempo, começou a enfrentar alguns problemas, onde a vida das pessoas foi atingida por uma profunda crise econômica.

Com esta crise, a figura que apareceu como salvadora da pátria, foi a do chefe de um partido político, conhecido como Camisas-Púrpurase que, após uma série de conflitos, foi constituído presidente do país.

No entanto, os Camisas-Púrpuras governavam como queriam e não respeitaram a Constituição, muito menos o Código Civil e Penal do seu país.

Assim, criaram leis que atendessem somente os seus interesses, mesmo que desrespeitassem as leis vigentes à época.

Desse modo, criaram leis condenando determinados comportamentos, considerados legais seguindo os ordenamentos até então estabelecidos.

Diante de tal ditadura, várias pessoas, denominadas de Denunciantes Invejosos, começaram a denunciar seus inimigos, sabendo que estas infrações, levariam estas pessoas a pena capital.

Após a extinção desse partido. Com a restauração da democracia. Diante das atrocidades cometidas, formaram-se movimentos que exigiam que estes denunciantes fossem responsabilizados por estas condenações.

Agora, cabe ao atual Ministro de Justiça do país, decidir sobre a correta decisão a ser tomada neste caso.

Para tanto, o mesmo passou a ouvir a opinião e considerações de alguns deputados e professores.

Primeiro deputado

Na opinião do primeiro deputado, os Denunciantes Invejosos não devem ser punidos, uma vez que as denúncias foram fundamentadas nas regras estabelecidas pelo governo da época, em fatos que realmente eram ilícitos.

Nosso direito hoje, segundo o primeiro deputado, é flexível, com possibilidade de expressar e alcançar finalidades distintas. No direito imposto pelos Camisas-Púrpuras não havia leis. Eles tentavam impor a todos o próprio ordenamento legal, mas descumpriam as leis com as quais não estavam de acordo sem nem ao menos preocuparem-se em revogá-las.

Sendo assim, o deputado propõe uma triagem entre os fatos do antigo regime, anulando alguns julgamentos, invalidando certas leis ou considerando algumas condenações como abuso de poder. Porém, um importante detalhe na opinião do deputado é que, seriam necessários cuidados especiais neste caso, pois, ao revés, estaríamos praticando justiça com nossas próprias mãos.

Segundo deputado

O segundo deputado concorda plenamente com a opinião do primeiro deputado, afirmando que o passado deve ser deixado no passado, não devendo se tomar nenhuma atitude em relação aos Denunciantes Invejosos.

Segundo ele, a partir da conquista do poder, pelos Camisas-Púrpuras, passou a existir apenas uma suspensão do Estado do direito. Portanto, não se pode julgar e condenar alguém que viveu em um sistema tão terrível, tendo um governo que desrespeitava as leis, onde havia, uma guerra de todos contra todos.

Em sua visão, não há condições de determinar se os atos dos Denunciantes Invejosos eram legais ou ilegais, devido à inexistência de um Estado de direito.

Terceiro deputado

O terceiro deputado diz que antes de tudo, cada caso deveria ser minuciosamente analisado.

Discorda plenamente do segundo deputado, que afirmou que as pessoas, na época, viviam em uma guerra de todos contra todos. Segundo ele, abaixo da superfície política, continuavam a ser realizados os demais atos da vida humana, normalmente.

Os Denunciantes Invejosos faziam uso da denúncia e dos tribunais para realizar suas intenções criminosas.

Sua única opinião é que, se estes atos forem passíveis de punição, todos deveriam ser condenados, os membros do partido, o governo juntamente como as pessoas que tiraram proveito da situação.

Quarto deputado

O quarto deputado é bastante opina pela criação de uma lei especial, voltada exclusivamente para o tratamento do caso dos Denunciantes Invejosos, sendo estudados, de maneira detalhada, os vários aspectos deste problema.

Este deputado também acredita, que as devido as suas ações Os Denunciantes Invejosos, não poderiam ser taxados de assassinos. Assim, devem ser estabelecidas penas apropriadas para cada infração cometida.

Quinto deputado

Este deputado discorda da opinião do deputado número quatro, pois, segundo ele promulgando novas leis, estaríamos empregando um dos mais odiosos procedimentos do regime dos Camisas-Púrpuras.

Sugere ainda, que seja aplicada a justiça dos homens, onde a população trataria o assunto da forma que considerasse adequada.

Com isso, não haveria envolvimento do governo nem do sistema jurídico, evitando assim tentar chegar à conclusão de um caso sem solução, tentando separar o certo e o errado no regime em questão.

Professor Goldenage

O Professor Goldenage aponta que no caso dos Denunciantes Invejosos, a aplicação do direito de ser feita, da mesma forma que, na época do regime dos Camisas-Púrpuras, sendo estas denúncias objeto da interpretação do direito que estava em vigor na referida época.

Mas, embora fundamentadas as denúncias, não é justo denunciar alguém e torcer para que ele seja punido, pelo simples fato de não gostarmos de tal pessoa. Denunciar alguém por inveja, é algo detestável.

Assim, em seu ponto de vista, existem duas considerações a fazer.

Se as condenações aconteciam por meio da aplicação correta da legislação da época, concluindo que isto não era direito, mas sim um odioso produto de mentes criminosas, quando isso acontecia, o fato dava-se em casos de condenações mediantes regulamentos de emergência, sem que houvesse o devido processo legal. Nestes casos, os autores e cúmplices desses atentados ao direito devem ser punidos.

Em sua segunda consideração, afirma que o direito deve ser aplicado de forma justa e moral, uma vez que quando não há justiça não há lei.

Ele ainda afirma que quem ainda acredita que as ordens dos políticos devem ser respeitadas, mesmo que sejam injustas, retrocede ao passado, caindo na armadilha do iluminismo e do positivismo; uma vez que não será possível alcançarmos a liberdade, dignidade e a igualdade, se ficarmos restritos às leis.

Professor Wendelin

No seu ponto de vista, o Professor Wendelin acha que o poder judiciário deve resolver os conflitos com determinação e presteza, com o objetivo de pacificar a sociedade.

No caso dos Denunciantes Invejosos, ele considera que cabe aos juízes o poder de decidir o que deve ser feito, embora ache que estes não devam ser condenados, uma vez que cometeram tais denúncias com base na lei vigente à época, as quais davam subsídios a essas práticas.

Opina desta forma, afirmando que os Camisas-Púrpuras chegaram ao poder por meio do voto popular, ou seja, a maioria da população estava de acordo com as idéias dos futuros governantes.

Quando alguém propõe qualquer tipo de vingança neste caso, instiga a atos de violência, e não é para isto que foram questionados.

Finaliza aduzindo que o direito é um instrumento que cada grupo social utiliza para alcançar suas finalidades.

Professora Sting

Em uma concepção feminista, segundo ela, uma única menção feita à “mulher”, fora no caso da mulher que era casada com homem denunciado pelo seu amante.

Não concorda com os pareceres realizados pelos deputados e professores, pois foram formulados a partir do ponto de vista masculino.

Nesse sentido, a exemplo de sua contrariedade, questiona o motivo que fez a mulher ter um amante?

Este amante usou os tribunais para alcançar o objeto do seu desejo, mas em sua opinião, o mesmo erro está sendo cometido pelos deputados e professores que querem a condenação deste denunciante, que querem fazer uso do tribunal para aplicar penalidades aos denunciantes.

Analisando a causa das denúncias feitas na época, segundo a Professora Sting não apresenta a inveja como causa das mortes dos denunciados, mas sim a morte por causa do direito que estava em vigor, que castigava com penas capitais as chamadas contravenções inócuas.

Quanto a sua opinião sobre o caso, é a favor de que o governo deixe impunes os Denunciantes Invejosos, pois há problemas de maior relevância a serem trabalhados, como a reestruturação do ordenamento jurídico, garantindo maior participação feminina no atual sistema jurídico.

Professor Satene

O Professor Satene discorda totalmente da Professora Sting, que envolveu o caso dos Denunciantes Invejosos com problemas de discriminação entre homens e mulheres.

Apresentou o caso de uma esposa que denunciou o marido, que criticou, em conversas particulares, o sistema de governo de Hitler, com o objetivo único de livrar-se do marido, uma vez que tinha um relacionamento extraconjugal.

Mas, deixando de lado esta questão, afirma que antes de decidir sobre qualquer caminho a ser tomado, é necessária uma definição do que é o direito.

Assim, alguns juristas vêem o direito como o conjunto de normas colocadas em vigor pelo legislador. Outros consideram que o direito está contido nas decisões dos tribunais.

Para ele, o direito é o resultado de sucessivas interpretações dos princípios que fundamentam a vida social, desta forma, as leis visam a democracia em âmbito geral, atingindo o sentido a vida social.

No caso dos Denunciantes Invejosos, o Professor acha que eles, juntamente com os juízes que fundamentaram tais leis corruptas e injustas, devem ser condenados, com sanções proporcionais ao mal que causaram.

Professora Bernadotti

A Professora Bernadotti discorda dos Professores Goldenage e Satene, que diziam sermos integrantes de uma comunidade política, onde somos todos iguais e apresentamos os mesmos direitos.

Para ela, a aplicação da lei está vinculada a quem está no poder; já que os interesse dos governantes, muitas vezes, são determinantes para a tomada de decisões.

Com relação aos Denunciantes Invejosos, acha que eles não devem ser punidos, pois, na época, estavam apenas colocando em prática o que determinava a norma jurídica em vigor. VOTO PESSOAL

Ao analisarmos O Caso dos Denunciantes Invejosos e seguindo a linha de pensamento de Hans Kelsen, é comprovado que não existia validade nenhuma nos ordenamentos dos Camisas-Púrpuras, partindo do pressuposto da pirâmide de Kelsen, é visível os mesmos não tinham competência para promulgar a Norma Fundamental que daria validade a todo o sistema jurídico seguinte. A atitude de locupletar-se de um sistema tão falho e detestável para atingir fins pessoais de tamanha futilidade como se livrar de alguém do qual se sente inveja é algo repugnante e com certeza merecedor de punição, sendo assim, se for comprovada que o caráter da denuncia foi por motivo torpe, haverá sim um sanção para este tipo de comportamento.

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Jessica Kafer Weiss

Bruna obrigada por disponibilizar esse material, mais preciso de sua ajuda como eu posso fazer perguntas relacionadas a isso, estou completamente perdida.
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